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narradora pov

O dia amanheceu calmo e tranquilo, os pássaros assobiavam fazendo sua canção matinal, enquanto Ema Weens carregava todo nervosismo que era possível alguém suportar, seu coração estava a ponto de parar de tão rápido que pulsava em seu peito. A metamorfa, sobrinha da ex diretora Larissa Weens, acompanhou o sol até a enfermaria e lá passou dia a base de muitos medicamentos para conseguir se acalmar. Já os demais, estavam tentando ao máximo parecer normais em um dia normal para que a atual diretora, Rosângela Martin, não suspeitasse do que fariam a noite, mesmo que a mesma estivesse preparando os alunos para qualquer perigo a qualquer momento. Para Wandinha, era mais que os alunos continuassem a temer o futuro do que se envolver mais do que os seus amigos estavam envolvidos, em seus pensamentos o seu plano teria êxito total se cada um fizer exatamente o que mandou, caso contrário, teria muito mais sangue derramado do que viu em sua visão.

— Wandinha? — Ema abriu a porta do quarto da bruxa e da loba, entrando logo em seguida.

— Nossa, você ficou tão.. — Enid falou pensativa procurando palavras para descrever Ema. — Enfim, por que não está no seu lugar? — Enid perguntou voltando ao seu estado nervoso de antes, mas tão quanto a metamorfa.

— Eu estou com medo, ok! — Ema gritou sentindo suas mãos tremerem novamente.

— Vá para o seu lugar e faça apenas o que falei. Vai ficar tudo bem! — Wandinha falou pegando um casaco e entregando a Ema.

— Tudo bem, tudo bem... — suspirou se recompondo. — Boa sorte! — saiu.

— Eu vou também, Wandinha... — Enid falou. — Boa sorte! — a loba puxou sua amiga para um abraço que não foi negado.

No fundo Wandinha estava com medo de algo dar errado, por ser a primeira vez que iria confiar em alguém e por essas pessoas serem seus amigos. Wandinha se olhou no espelho e colocou o casaco colorido por cima da roupa que estava, não podia correr o risco de ter uma crise de urticária por causa das cores. Tomou coragem e saiu do quarto indo em direção a floresta, era lá onde tudo iria acontecer.

Todos estavam nos seus lugares esperando o momento em que teriam que agir, o medo corria feroz em suas veias, mas estavam confiantes que Wandinha iria conseguir, mais uma vez.

— Wandinha, saia daqui! — Eugene falou assim que viu a bruxa, levantando sua mão na direção de Wandinha. — Vá embora... — falou entre gemidos de dor.

— Você precisa de ajuda, Eugene! — Wandinha falou se aproximando mais ainda. — Vem! — pegou em sem braço e o passou pelo seu ombro, também o envolvendo pela cintura.

— Ela está atrás de você, Wandinha... — Eugene sussurrou enquanto davam passos lentos, até mais lentos que passos de tartaruga. — Ela é poderosa, Wandinha... saia daqui! — avisou.

— Vou derrotar! — a bruxa falou confiante.

— Não, você.... — Eugene gemeu de dor novamente jogando se no chão, saindo do toque de Wandinha. Eugene se contorcia no chão, não conseguia gritar ou esboçar qualquer expressão. Os olhos de Wandinha estavam marejados, seu desejo era de abandonar todo o plano e ter Eugene em seus braços. — Wandinha Addams. — Eugene falou com uma voz arrastada e diferente. — Finalmente acabarei com você e todos aqueles excluídos miseráveis! — o garoto sorriu se levantando.

Eugene ergueu sua mão em minha direção e em segundos começou um luta para recuperar o seu corpo.

— Wandinha... corre! — alertou. — Não tem para onde fugir, garota! Eu vou pegar quantos excluídos for necessário para te eliminar! — a sua voz mudou novamente.

Wandinha foi erguida no ar sendo impedida de se movimentar.

— Como você é estupido ou estupida, sei lá.. — Wandinha sussurrou rindo.

— Como ousa me insultar, garota insolente? — Eugene perguntou e sua expressão ficou ainda mais sombria.

— Você se engana fácil, idiota! — riu.

— Agora! — Xavier gritou.

O médium jogou uma corda grossa para Enid, que também surgiu repentinamente não floresta, e conseguiram amarrar Eugene. Bianca surgiu logo depois e citou algumas palavras do livro de feitiços fazendo com que as cordas se tornassem enfeitiçadas e fortes para segurar Eugene e quem quer que fosse que estivesse o controlando. Automaticamente, Wandinha foi jogada no chão.

— Não, não, não! — Eugene se debatia entre as cordas. — Eu vi o futuro, eu vi que isso daria certo!

— Você não contou que a Wandinha tivesse amigos! — Wandinha falou se aproximando e logo seus cabelos negros se transformaram em loiros e sua feição em outra. — Ela vai te achar. Agora você perdeu! — sorriu.

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