Capítulo 34: Yin e Yang

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20h:51min – Sábado

Depois que eu finalmente havia tomado banho, que eu havia feito meu cabelo, a minha maquiagem leve, colocado a sandália de salto alto, meus acessórios...

Eu voltei para o meu quarto com a toalha ao redor do meu corpo e encontrei o Anthony separando diversos vestidos sobre a minha cama.

O Tony me fez vestir todos eles até aprovar um, que de acordo com ele, era o mais sexy.

Ele fez questão de deixar claro o quanto eu estava perfeita nele e o quanto eu devia ficar maravilhosa sem ele também.

Eu acabei colocando um vestido midi branco, bem justinho, e que caia perfeitamente bem no meu corpo, valorizando as minhas curvas.

Quando fiquei completamente pronta, o Anthony me levou até o apartamento dele. No caso, três andares abaixo da cobertura do meu pai.

Como ele já havia tomado banho antes de vir me ver, ele ficou pronto rapidamente. Ele desfilou para mim descontraidamente e eu tenho certeza de que babei. O Tony está lindo com sua camisa preta de gola alta, sua calça social e o casaco formal por cima.

— Estamos nos complementando, Yin e Yang. — brinquei enquanto ele passava os braços pela minha cintura e lentamente me puxava pra ele. — Tem certeza que não vai pegar mal eu aparecer lá com você? Depois de tudo que saiu na mídia ao meu respeito...? — Tony passou vagarosamente o indicador pelo meu lábio, me interrompendo de falar.

— Não ligo para o que esse bando de desocupado acha, Lily. O que importa para mim, é o que achamos do que estamos tendo. — ele abriu um sorriso fofo pra mim. — Eles sempre vão comentar, sempre vão especular coisas, colocar o nariz onde não são chamados. Mas nós dois, meus pais, minha irmãzinha, os seus pais, nossos amigos, sabem da verdade. E é somente isso o que interessa.

— Está sugerindo que, caso venham me encher a paciência, eu seja indiferente a isso e ligue o botãozinho do foda-se? — ri baixinho quando ele assentiu animadamente.

— Consegue mandá-los se foder por mim? Se for necessário? — ele ergueu inúmeras vezes a sobrancelha e eu gargalhei.

— Acho que eu posso fazer isso. Vai ser libertador, na verdade. — sorri carinhosamente pra ele.

Tony aproximou lentamente o rosto do meu, roçando os nossos lábios. Me instigando e provocando.

Quanto mais eu entreabria o lábio, esperando pelos seus beijos, mais ele se demorava para me dá-los. Quanto mais eu ia pra frente em busca do toque da sua boca, mais ele sorria de maneira travessa e afastava milímetros a boca da minha.

Aumentando o desejo que crescia dentro de mim, aumentando a tensão e a expectativa também.

Ao perceber que ele estava demorando demais, eu acabei me afastando minimamente dele, que riu da minha cara emburrada.

— O que foi? Não vai me beijar? — ele pirraçou com um sorriso infantil e quando eu semicerrei os olhos e neguei com a cabeça, o Tony gargalhou. Quando ele se recompôs, ele encostou o nariz no meu. — Vem cá que eu vou te dar todos os beijos que você quiser. — ele sussurrou carinhosamente, o que me fez abrir um sorrisinho debochado.

— Não. Agora eu farei greve de beijos. — falei decida e ele entreabriu o lábios, em choque.

Assim que notei sua aproximação rápida e sua tentativa de me roubar um beijo, eu desviei o rosto, lhe dando um beijinho no lóbulo da orelha.

— Vai mesmo fazer isso comigo? — Tony sussurrou, tristemente.

— Você quem começou, agora aguente, olhos lindos. — deixei um beijo estalado na sua bochecha e de mãos dadas com ele, segui para o hall, chamando o elevador.

A irmã erradaOnde histórias criam vida. Descubra agora