Be Mine!

Capítulo 7

Song: I wanna be yours - Artic Monkeys

If you like your coffee hot (se você gosta do seu café quente)

Let me be your coffee pot (me deixe ser sua cafeteira)

You call the shots, babe (é você quem decide, amor) 

I just wanna be yours (eu só quero ser sua)

Pov: Wanda Maximoff

Dom estava sentado em sua cama com seus pezinhos balançando no ar enquanto me esperava achar seu tênis dentro de seu guarda-roupa:

- Isso está uma bagunça, filho. Depois a mamãe tem que arrumar sua sapateira - finalmente, caminho até ele com seu pequeno all star preto, igual ao meu, em mãos.

- A gente arruma juntos, mamãe - ele estica os pés para mim e começo a calça-lo - Não quero ir.

Estávamos nos arrumando para almoçar com os pais do Vis. Odiava a ideia de ter que passar uma tarde inteira com aquela bruxa mau educada, mas ela era mãe do meu noivo, precisava achar alguma forma de conviver com ela, mesmo que isso custe todo meu bom humor e minha saúde mental:

- Quero ficar com o papai - Dom puxa os pés e não deixa eu terminar de amarrar seu cadarço. 

- Vamos almoçar com os pais do Vis e depois te deixo na casa do seu pai - tento pegar seu pé novamente, mas ele puxa outra vez e faz uma careta.

- Não quero ir! Não quero ir! Não quero ir - sua voz começa a ficar alta e estridente - NÃO QUERO IR!

- DOMINIC! PARA COM ISSO AGORA! - grito com ele de volta, seus olhinhos se arregalam e meu filho se encolhe na cama - Desculpa, meu amor - Dom coloca as mãos sobre suas orelhas.

- Não grita, mamãe...por favor - vejo suas lágrimas caindo por suas bochechas rosadas. Me sento ao seu lado e o puxo para meu colo. Dom continua com com as mãos em seus ouvidos, mas permite que eu o abrace.

- Desculpa, filho. Estou nervosa e acabei descontando em você. Me perdoa?

- Está brava com o Dom? - suas mãos vão se abaixando e ele toca em meu braço.

- Não, meu amor. Não estou brava com você - faço um carinho em seus cabelos pretos - Me desculpa por ter gritado? - o garoto balança a cabeça de forma afirmativa - Vai ser bem rápido, meu bebê. Vamos comer com o tio Jon e a tia Mary - esses eram os pais do Visão. Eles insistiam para que Dom os chamassem de avós, mas meu filho não gostava - Depois a gente toma um sorvete juntos e te deixo na casa do seu pai.

- O papai pode tomar sorvete com a gente?

- Só se você prometer que vai "papar" tudo hoje - alimentar Dominic era uma coisa difícil, demandava calma e paciência, e essas duas coisas, os pais de Visão não tinham. Sempre que comíamos juntos, eles acabavam brigando com meu filho.

- Você vai colocar pouquinho para mim? - Dom deita sua cabeça em meu peito e em questão de segundos, meu corpo inteiro se enche de amor.

- Vou colocar o suficiente para você crescer saudável e forte. Combinado?

- Combinado - o garotinho se levanta e amarra o próprio tênis - Mas eu ainda não quero ir - ele diz, pega sua mochila em cima da cama e sai do quarto.

Desço até a garagem do prédio com Dom em meu colo. Ele já estava pesado, sinto dificuldade em carrega-lo junto com sua mochila e minha bolsa. Mas meu filho não era adepto a carinhos e contato com frequência, então, sempre que ele se mostrava receptivo ao meu toque, eu aproveitava ao máximo.