Song: The weight os us - Sanders Bohlke
There are theives, who rob us blind (há ladrões que roubam os cegos)
And kings, who kill us fine (há reis que nos matam para valer)
But steady, the rights and the wrongs invade us (mas constantemente, os direitos e as injustiças nos invadem)
As innocent song. I'm not ready (como uma inocente canção. Não estou pronto)
Pov: Natasha Romanoff
Eu me encontrava na galeria do tribunal, sentada em uma cadeira desconfortável, com o coração batendo descompassado no peito. Ao meu redor, o ambiente estava tenso e carregado de expectativa. O julgamento do caso de Pietro estava prestes a recomeçar, e eu mal conseguia conter o nervosismo que me dominava. Meu corpo estava inclinado para frente, quase me sentando ao lado da cadeira de Anthony
Meu olhar se voltou para o púlpito onde Pietro estava se preparando para depor. Ele estava visivelmente tenso, suas mãos tremiam e sua expressão denotava o medo que ele estava sentindo. Meu coração se apertou ao vê-lo daquele jeito, e eu desejei poder estar ao seu lado, apoiando-o. Eu sabia o quanto esse momento era importante para o homem. Ele estava prestes a contar sua versão dos fatos, revelar sua verdade, e enfrentar o sistema de justiça que havia sido tão desonesto com ele e com sua irmã.
Pietro olhou para a galeria, e nossos olhos se encontraram por um breve instante. Eu tentei transmitir todo o meu apoio através daquele olhar, mas sabia que não era o suficiente. Ele precisava de mais, precisava sentir que não estava sozinho.
Meu coração se apertou ainda mais quando vi o juiz dar sinal para Pietro começar a depor. Ele se aproximou do microfone, e sua voz saiu trêmula quando começou a fazer seu juramento. Me questiono se a presença de Wanda aqui seria benéfica a ele ou não. Talvez, ver sua irmã pudesse o deixar mais calmo ou mais nervoso com tudo isso. Nesse momento, apenas sinto que não sei nada, não entendo nada, sou insignificante neste caso:
- Senhor Ritcher – Stark começa.
- Pode me chamar apenas de Pietro, senhor – seu sotaque era extremamente pesado, a língua alemã ainda estava enraizada nele, bem mais do que na sua irmã – Não gosto do meu sobrenome, me lembra que sou filho dele – Tony sorri e reformula sua frase.
- Pietro, sabe por que está aqui hoje?
- Sim. Uma amiga me convenceu a recorrer na justiça e pedir a absolvição da condenação de tentativa de homicídio com o agravante da recente morte do meu genitor – ele falava pausadamente, na intenção de proferir suas palavras de forma mais clara e entendível.
- Como era seu relacionamento com o seu pai?
- No começo era bem neutro. Mamãe fazia a maior parte do trabalho na casa, mas ela era doente, tinha depressão e seu quadro só se agravou depois da segunda gravidez. Mamãe não conseguia comer direito e quando minha irmã nasceu, não foi capaz de amamenta-la e me lembro disso deixa-la bem chateada e frustrada. Não pôde voltar a trabalhar, ninguém queria contratar uma mulher com duas crianças pequenas, com isso, ela foi sucumbindo a cada dia que se passava, até tirar sua vida.
- Sinto muito por isso.
- Depois que a mamãe morreu, meu... – ele suspira fundo – Meu pai apareceu mais. Antes, só o via de manhã quando tomávamos café e depois nada. Mas sem a nossa mãe, ele tinha que estar em casa mais vezes, alguns vizinhos ameaçaram denunciar para o conselho tutelar se Wanda e eu ficássemos sozinhos durante a noite.
- Está me relatando que seu pai cometia o crime de abandono de incapaz? – Stark olha para os jurados. Hartmann mantinha uma expressão neutra, como se nada abalasse sua confiança.
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Be Mine!
Hayran KurguNatasha Romanoff, uma empresária renomada, se encontra perdida quando é traída por um de seus sócios. Quando Wanda Maximoff, uma jovem advogada misteriosa e doce começa a trabalhar em seu caso, Romanoff vê sua vida mudar completamente, e ela estava...