Agora ela faz parte da família

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Aproveitei que todos estavam no quarto de Ness ocupados com suas malas, e Leah na varanda estudando, fui arrumar meu cabelo.

-Ei. – chamei Mendy quando a vi passar pelo corredor. Desliguei o secador, sentindo meus cachos secos o suficiente. – Quer uma aula de montaria?

-Não, obrigada.

-Tem medo de cavalo?

Ela hesitou, entrando em meu quarto.

-Um pouco. Uma vez um cavalo correu bem do meu lado no Texas, me derrubou com tudo no chão. Não me machuquei, mas fiquei com bastante medo de chegar perto de um depois disso.

Balancei a cabeça, compreendendo.

E logo comecei a ponderar sobre ela na nossa família. Se ela estava sendo adotada, logo ela perceberia alguma coisa errada. No nosso comportamento, modo de se esconder do sol.

-Vamos descer um pouco. – ofereci, pegando sua mão e a puxando comigo.

Na sala de estar, vovô estava lendo algum livro de medicina. Tio Jazz um livro da Guerra Mundial. Tia Alice e tia Rose estavam desenhando, dessa vez um lindo vestido. Papai estava com a mamãe mexendo no celular. Tio Emmett estavam com Brady, Collin, Quil e Embry assistindo um jogo que passava.

-Estudando medicina, vovô? – perguntei curiosa.

Ele me olhou e sorriu.

-Mesmo que você estude mil anos, você nunca vai saber completamente tudo sobre isso.

O olhei perplexa. Era impossível! Ele era ótimo nisso, como ainda não sabia de tudo?

-É impossível você não saber de tudo. – afirmei, e ele sorriu doce para mim, agradecido.

Respirei fundo, incerta sobre começar o assunto.

-Pessoal. É... Eu estava pensando... Já que Mendy vai fazer parte da família... – tia Rose sorriu quando ouviu essa parte. – Ela podia saber sobre nós.

Tia Rose ficou tensa por um momento, mas tenho certeza que ela não ia ter raiva da Mendy por ser uma humana que sabe sobre o nosso segredo. Tia Alice ficou pensativa. Tio Emmett observava cautelosamente a reação da tia Rose. Vovó e vovô estavam tendo uma conversa silenciosa no olhar. Papai prestando atenção nos pensamentos deles. Eu sabia pelo seu olhar que estava distante. Mamãe o olhava, assim como Embry. O resto apenas observava.

-É. Eu acho justo. – tia Alice falou depois de um momento de silêncio.

-O que eu preciso saber? – ela perguntou, perdida.

Olhei para meu avô, em busca de apoio. Ele consentiu.

-Vovô Carlisle saberá explicar melhor. – falei, a deixando perplexa ao chamar um homem tão jovem de avô.

PDV Mayra.

Senti minha cabeça rodar. Ela acabou de chamar aquele homem de no máximo vinte e cinco anos de avô?

-Você já ouviu falar de vampiros? – ele começou.

Sua beleza ainda me era estonteante, embora eu não sentisse nada de atração por ele. Era apenas... excepcional demais para qualquer pessoa. Seus cabelos loiros perfeitos num topete elegante, seus olhos – e de todos os outros – num castanho dourado magnífico. Sua pele pálida parecia mármore de tão perfeita.

-Já. – falei confusa. – São muitas lendas diferentes. Ou eles viram pó no sol, ou queimam, e dormem em caixões. Nada muito concreto.

-Exato. Mas nós somos diferentes. Não saímos ao sol porque saberiam que nossa pele é diferente dos humanos. Também não precisamos dormir em caixões. Somos velozes e muito mais fortes que um de vocês.

A Irmã de Renesmee (pós Saga Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora