PDV Carlie.
-Carlie Masen Cullen, Renesmee Masen Cullen, abram essa porta, já! – Edward bradou do lado de fora do quarto de Nessie, onde estávamos.
-Me deixa em paz! – gritei bem alto, jogando um travesseiro em direção da porta fechada.
Me odiava naquele momento por ter lascado a porta ao fechá-la. Arruinou o sistema a prova de som. Ao invés de ficarmos em paz, – ou não, caso decidissem tirar a porta do batente com as mãos – agora nossos ouvidos entravam ordens ridículas que eu não achava que eles estavam em posição de dar. Ou a gente estava furiosa demais para atende-las. Nunca fomos acostumadas a desobedecer a uma ordem direta, e nem indireta. Só que a essa altura, isso não importava para nenhuma de nós.
Desde que voltamos, não consegui parar de pensar sobre o incidente com aquele cara. E foi culpa minha! Se eu não tivesse sido levada pela minha raiva, Nessie não teria tentado me segurar.
Houve silêncio do outro lado da porta, e eu ouvia apenas uns múrmuros, acho que de Edward.
-Carlie, meu amor, por favor. Abra essa porta. – a voz de Seth foi abafada pelas paredes.
Minha respiração falhou. Eles sabiam que eu poderia não resistir a um pedido dele.
Você não vai abrir essa porta!
Nessie me disse por pensamento, e lhe respondi, decidida.
Não vou.
Ela assentiu, me aprovando.
-Carlie, apenas ouça o que seu pai tem a dizer. Nunca foi a intenção deles de magoar vocês. – ele voltou a insistir.
-Eu já ouvi tudo o que ele tinha a me dizer! Aliás, já ouvi o que todos tinham a dizer! Eles queriam minha morte, não é? Agora talvez consigam!
A infância é tão boa, até quando a perdemos. Seria melhor – ou não – eu nunca ter sabido de tudo isso. Ingênua são as crianças que pensam que quando viram adultos, tudo fica melhor. Até eu tive essa inocência. Foi tão bom quando durou. Eu sempre quis crescer, ser responsável por mim mesma, e agora eu sofro as consequências dessa escolha. Se bem que não foi exatamente uma escolha, já que eu cresceria de um jeito ou de outro, mas eu sofro o preço de querer.
Por parte é bom. Você descobre novos sentimentos, tem suas responsabilidades, pode dirigir seu próprio carro. Mas por outro lado, muitas coisas podem te atingir. Um coração partido, traições da família, segredos que quando revelados, machucam...
-Carlie, não diga bobagens. – tia Alice falou calmamente. – Nós amamos vocês.
-Como podemos acreditar em uma palavra apenas do que vocês falam? – Nessie ladrou, me sobressaltando um pouco.
-Porque é verdade. – Edward enfatizou.
E então? Vamos dar algum crédito a eles?
Eu não sei...
A dúvida dela me corroeu por dentro. E então tocou meu braço e me mostrou momentos felizes que tivemos com a nossa família. No nosso primeiro aniversário que fizeram uma festa surpresa. Ali a gente se divertiu muito, e descobrimos que bebida deixa os vampiros bêbados. Foi a melhor festa da minha vida, depois dessa de dezoito anos, pois Seth me pediu em casamento. Até vovô Charlie ficou um pouco bêbado. Tio Em começou uma brincadeira de balões e pistolas cheios de água para brincarmos. Os vampiros andam mais lentos do que humanos quando estão embriagados, mas de qualquer forma foi divertido assisti-los tentar andar, e correr fugindo da ira dos outros que tentavam lhe acertar com água.
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A Irmã de Renesmee (pós Saga Crepúsculo)
Fanfic*Fanfic em revisão* Quem sou eu? Carlie Masen Cullen. Meus pais? Bella e Edward Cullen. Renesmee e eu somos filhas biológicas de um vampiro e uma humana. Algo raramente visto. Voltamos da ilha da mamãe, com aparentes dezessete anos. Crescíamos milím...