As vozes eram claras como se estivessem falando ao meu lado. Tantas perguntas e indagações que eu mal via a hora de responder. Respirei fundo e desci as escadas, pronta para mostrar para todos quem eu realmente sou.
Quando eu apareci na sala, a atenção se voltou para mim. A reação que eu arranquei deles foi a melhor impossível. Eu não queria que ninguém chorasse, mas as lágrimas já tomavam conta de muitos pares de olhos ali.
Olhei nos olhos de Edward, meu pai, meu herói, pedindo desculpas silenciosamente. Mas ele não conseguiu devolver o olhar com nada além de choque.
Eu oficialmente poderia ser considerada uma aparição.
– A partir de agora, Angel está morta. Ahh, vocês não sabem como eu queria fazer isso a muito tempo. E com isso, eu... voltei.
Os que já sabiam estavam emocionados, e os que não sabiam ainda estavam esboçando suas reações de surpresa e incredulidade.
– Por praticamente meio ano eu tive que me confinar em um quarto de hotel. Nas últimas semanas fingi ser alguém que não sou para proteger a minha identidade, e por assim proteger quem eu amo. Tive que me fingir de morta durante o tempo que não apareci.
Antes de continuar, eu funguei e limpei as lágrimas de felicidade.
– E aqui estou eu. Vivi como morta por medo das consequências de continuar viva. E me convenci de que prefiro morrer lutando do que passar minha vida longe de quem eu amo.
Claire e Mendy choravam abraçadas. Vovô Swan, que sempre foi durão, estava derramando lágrimas. Todos ali estavam felizes, era evidente, e isso me confortou bastante. Aqueles sonhos que eu tive foram só frutos da minha imaginação boba e medo infundado.
Meu pai foi o primeiro a se aproximar de mim. Seus lindos olhos castanhos claros estavam cautelosos, e parecia temer que eu evaporasse caso se aproximasse rápido. O encarei, sentindo uma tremenda falta de olhar em seu rosto e apreciar o homem-exemplo que ele sempre foi na minha existência.
– Carlie, minha filha. – ele sussurrou antes de me pegar com seus braços frios de mármore num abraço que eu esperei por meses. – Precisamos esclarecer toda essa loucura. E sua mãe...
Papai, eu prometo que fizemos tudo com pesar em nossos corações, mas sempre pensando em proteger a nossa família.
Meu coração vacilou uma batida com a emoção forte que passou em sua mente ao chama-lo de "papai".
Me deu um beijo na cabeça e me soltou, sabendo que haviam inúmeras pessoas que também queriam sua vez no abraço.
Vovô Charlie foi o próximo a se aproximar.
– Carlie, minha neta! – me agarrou em seu abraço, que mais parecia um ninho aconchegante. – Que diabos aconteceu com você? Você fez tanta falta que você nem imagina. – ele murmurou, parecendo tentar segurar o choro.
– Também senti muita falta de vocês. Prometo que irei explicar tudo logo.
Claire e Mendy vieram também, emocionadas, uma se apoiando na outra.
– Droga, menina, como você fez isso comigo? – Mendy me xingou, e me puxou para um abraço triplo.
Não falei nada, só retribuí.
– Carlie... por que você não nos procurou? – Carlie perguntou perdida.
– Desculpa. Desculpa. – era só o que eu conseguia dizer.
Logo em seguida foi tio Em com o seu famoso abraço de urso. Vovô Carlisle e vovó Esme num abraço triplo, tia Rose, Derek, que disse que foi muito pouco tempo para matar a saudade, e ainda com a sua mania irritante de me chamar de irmãzinha. Tia Alice e tio Jazz, e os quileutes.
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A Irmã de Renesmee (pós Saga Crepúsculo)
Fanfic*Fanfic em revisão* Quem sou eu? Carlie Masen Cullen. Meus pais? Bella e Edward Cullen. Renesmee e eu somos filhas biológicas de um vampiro e uma humana. Algo raramente visto. Voltamos da ilha da mamãe, com aparentes dezessete anos. Crescíamos milím...