Confuso...

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N.A.: Passando aqui para me desculpar pela demora. Estou com a garganta inflamada e isso me derrubou por alguns dias. E ainda sou mãe e dona de casa, me quebrou mesmo rsrs. Sei que esse capítulo é curto mas logo virão mais maiores! Beijocas!


Terminei de passar o liptint para finalizar a maquiagem, dei uma última olhada na minha roupa e me dei por satisfeita. Ness e eu iriamos junto para trazermos os carros de volta. O Jeep, o Volvo e a Mercedes. Leah ia também, mas preferiu seguir como loba até o aeroporto.

No carro conversamos bastante, e eu confesso que já estava com saudades. Eu odiava que mamãe e Renesmee ainda não se acertaram. Mas tudo era questão de tempo.

-Então até mais. – mamãe falou, abraçando nós duas. Minha irmã hesitou no abraço, e logo se virou para o meu pai. Mamãe suspirou com isso, e continuou me abraçando mesmo assim.

-Até alguns dias. – ri de sua voz emocionada.

Papai se desfez do abraço, olhando para nós duas.

-Estamos confiando em vocês duas para manter a casa em ordem.

-Claro, papai. – revirei os olhos. – Somos bem responsáveis.

-Vocês se preocupam demais. – Ness reclamou, e eles riram.

-Me deixe me despedir de minha filha. – mamãe falou e me abraçou, como se não tivesse feito a dez segundos atrás. – Vou sentir sua falta.

-Também vamos, mamãe. – comentei, fazendo questão de incluir minha irmã.

Ela se separou e se não fosse vampira, estaria à beira das lágrimas.

Leah logo apareceu, e os deixamos irem para o despacho de malas. Voltei com o Jeep, adorando cada segundo atrás do volante.

-Já voltou? – perguntou Brady ao que eu colocava as chaves no porta chaves na entrada.

-Sim. – respondi, desabando no sofá ao lado dele.

-Eu vou precisar da sua ajuda. Preciso reservar algumas passagens de avião para o pessoal. Ainda não decidi o dia, mas Ness e eu decidimos fazer uma festa.

Ouvi passos vindo em nossa direção, e pelo cheiro era Mendy, Claire e os outros.

-Sério que temos a casa toda para nós? – minha amiga loira parecia prestes a ter um treco.

-E em breve, uma festa. – sorri.

Expliquei para os confusos sobre o meu plano. Eles gostaram, e acharam legal chamar os quileutes.

Minha mente deu um estalo de ideia: minha irmã ainda estava atordoada, e mal olhava na cara da nossa mãe. Talvez com Jacob aqui ela se rendesse à alguma explicação. Talvez Jacob conseguisse esclarecer tudo.

Ver eles conversando animados sobre a festa me deixou feliz. Esse era exatamente o clima que eu precisava em Nova York. Me despedir deles dessa forma. Dizer adeus para essa parte minha que eu tanto amo não ia ser fácil. Já foi difícil sair de perto do meu vô Charlie. E dele.

E William também. Não sei o que estou fazendo com ele. Quero dizer, ele me faz bem. Gosto de sua companhia, de seu beijo e abraço. Mas para todos os efeitos, não deixava de ser humano. E eu jamais iria transformá-lo para ficar comigo por puro egoísmo. E o mais importante: não o amo. Não posso mentir para mim mesma.

O único que me tem na palma das mãos se chama Seth Clearwater. E foi por isso que eu o deixei. Porque não suportava o amar tanto. Isso me feria. Suas palavras eram memórias, mas queimam. Minha mente estava dilacerada.

Suspirei, indo para o meu quarto, deixando todos ali. Eu me sentia uma bagunça. Não diria que estava dividida, porque se eu fosse obrigada a fazer uma escolha entre eles dois, não hesitaria em escolher Seth. Entretanto William me atrai. O meu medo era de estar o usando para tampar o sol com uma peneira. Não queria machucar seus sentimentos.

-Ei, Carlie. – ouvi Brady entrando em meu quarto. Se dirigiu para a varanda onde eu estava. – O que houve?

-Minha vida está uma bagunça. – murmurei, olhando para o gramado refletindo a luz de fora. Respirei fundo, segurando na sacada.

-Se quiser conversar, estou aqui. Amigos servem para isso.

Levantei a cabeça para agradecer, e paralisei ao que nossos rostos estavam muito próximos. Saindo da zona de amigos. Seu olhar também estava surpreso, entretanto não se afastou.

Eu me vi num déjà-vu. A mesma coisa aconteceu com Nahuel. Me encontrei numa situação chata, e não conseguia me mexer para sair. Piorou quando Brady levou seu rosto para mais perto. Eu sentia um alarme vermelho tocando em minha cabeça, porém não conseguia me afastar.

William e eu não estávamos num relacionamento sério, mas certamente eu ficaria decepcionada se soubesse que ele tinha beijado outra garota.

PDV Mendy.

Ainda era meio surreal minha nova vida. Quais as chances de algo maravilhoso assim acontecer? Ainda doía as perdas que sofri. Meus pais e avó, tão perto um do outro. Eu mal consegui cobrir os medicamentos dela com o meu serviço, e as contas de casa.

E agora estou aqui, sendo adotada por uma família bilionária. Minha mãe mandou decorar o quarto de hóspedes para ser meu. Carlie tinha me pedido para ver decorações de quarto antes de virmos para cá, e tudo se encaixou quando chegamos e minha nova mãe mostrou o meu aposento. Meu closet. Meu banheiro. Minha decoração.

Ela me explicou que eu teria que ter documentos falsos para me encaixar na família. Fiquei feliz de pelo menos poder fingir ser sua irmã. Afinal, as duas loiras. Pouca diferença, como meu cabelo ondulado curto abaixo do ombro, e poucas mechas loiras escuras nele. E a mais gritante, claro. Minha íris azul piscina não fazia jus ao castanho dourado deles.

-Posso entrar?

Me virei surpresa, vendo Embry hesitante no batente da porta. Não conversamos desde que fugi dele.

-Pode sim. – falei tímida, sentindo meu rosto ficar quente.

-Eu queria esclarecer sobre a gente. – dizia dando passos cautelosos em minha direção. – Eu vim dizer que não vou te pressionar de jeito nenhum. Se você estiver arrependida do nosso beijo, juro que vou entender e te dar o espaço que precisa.

Ok. Eu estava surpresa. Sem sombra de dúvidas eu passei uma terrível má impressão ao fugir dele. Eu saí correndo porque me achei boba de o beijar.

-Eu não me arrependo. – confessei, olhando para os meus pés ao invés de encarar seus lindos castanhos globos oculares. – Eu fugi porque achei que não era o que você queria.

Esperei por suas palavras. E o silêncio continuava. Estava ficando constrangedor. Até que decidi levantar o olhar para ver o que acontecia com ele.

Embry tinha uma expressão indecifrável em seu rosto. Não sabia o que esperar.

-Tudo o que eu queria desde que te vi era te beijar. – sussurrou, sorrindo feliz.

O imprinting veio em minha mente, mas a minha voz ficou presa em minha garganta. Não sabia se era o momento certo para falar disso.

Ao invés de palavras, fiquei na ponta dos pés para juntar nossos lábios outra fez. E senti a tensão do meu corpo que eu nem sabia que estava, ir embora.

A Irmã de Renesmee (pós Saga Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora