Olhei para os rostos desconhecidos, e um lampejo de memória veio a minha mente. Nahuel mencionou o exercito de híbridos, e minhas apostas eram altas que eram aqueles. Não tinha ninguém da guarda oficial, e isso fez um peso sair de cima dos meus ombros. O perigo ainda era eminente, mas enfrentar a guarda dos Volturi... bom, todo mundo sabe que é suicídio.
Mas estar ali de frente com dezenas de mantos negros outra vez fez uma sensação forte de déjà vu me penetrar.
-Nos encontramos novamente, Carlie. – Tifanny rompeu o silêncio. – Há quanto tempo, uh?
Ergui o queixo, me esforçando para manter a postura. Não queria deixar transparecer o medo.
-Olá, Tifanny. – vovô tomou a frente. – Faz um tempo mesmo.
O sadismo dela era perceptível. Seu sorriso amigável era de um psicopata se preparando para matar seu inimigo, e logo depois fazer uma refeição.
-Você é Carlisle, não é mesmo? Aro já me falou sobre você.
-Aro e eu temos uma amizade de séculos.
-Amizade... – ela bufou. Não parecia muito afim de manter a sutileza.
-Afinal, – meu pai tomou a vez. – o que estamos fazendo aqui?
-Aro mandou dizer sobre suas crianças sobrenaturais. O que são?
-Uma mistura de três raças. – meu avô esclareceu. – Lobo, vampiro e humano. Afinal, nasceram de duas mulheres híbridas de vampiro e humano, e de dois homens híbridos de lobo e humano.
Mesmo à distância foi nítido seu nariz inflar. Tifanny não ficou nada contente com a língua afiada do meu avô.
-Bom, vocês sabem que os Volturi não dão segunda chance. – ela foi direto ao ponto. Seu olhar vermelho e frio me deu calafrios.
-A questão não é segunda chance. – me intrometi, atraindo sua atenção. – Não precisa de outra chance quando nem precisou da primeira. A uma década atrás não estávamos errados, e Aro admitiu isso.
Um pigarro quebrou o rumo da conversa, e distingui ser de Adrian.
-Aro deixa muito claro a honra que seria termos vocês como parte do nosso clã, Renesmee e Carlie.
Tentei sentir meu rosto, e constatei choque e desgosto. Como aquele sanguinário ousa apenas cogitar algo assim?
Vários rosnados do meu lado se fizeram ouvir. Reconheci dos meus pais e do Seth, principalmente.
-Nem que eu tivesse sozinha e solitária nesse mundo. – um rosnado rasgou minha garganta.
-Nem que vocês fossem os últimos vampiros do planeta. – Renesmee reforçou.
Adrian não esperava por respostas tão vorazes. Sua perfeita postura de vampiro vacilou com o nosso tom, e ele recuou.
-Bom, temos todas essas testemunhas para provar que elas querem vir conosco. – Adrian pronunciou alto, me fazendo confusa. – Mas sua família não quer as deixar irem embora... vamos ter que fazer a vontade das meninas mestiças.
Então com um baque a realidade me bateu: a desculpa para uma luta. Para Tifanny tentar seu homicídio contra mim. Olhei para o meu pai em busca de respostas, e o brilho de dor no seu olhar me confirmou o que viria a seguir.
Meus próximos passos foram em direção ao primeiro híbrido que se encontrou em minha direção. Até que me surpreendi por estar imobilizada por três.
-Me solta! – gritei novamente tentando, em vão, sair dos braços deles.
Depois disso aconteceu algo. Senti uma dor aguda na nuca e escureceu minha vista. Não pude nem sequer tentar lutar contra a escuridão, ela me abraçou numa chama acolhedora e confortante, impossível não me entregar.
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A Irmã de Renesmee (pós Saga Crepúsculo)
Fiksi Penggemar*Fanfic em revisão* Quem sou eu? Carlie Masen Cullen. Meus pais? Bella e Edward Cullen. Renesmee e eu somos filhas biológicas de um vampiro e uma humana. Algo raramente visto. Voltamos da ilha da mamãe, com aparentes dezessete anos. Crescíamos milím...