2x41 Corações em aflição

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PDV Claire.

Desci as escadas, em direção à porta de entrada onde Edward me disse que ele estaria. Estupidamente me surpreendi ao vê-lo sentado nos degraus da varanda. Claire, não duvide nunca de um telepata.

– Hey, Derek. – o cumprimentei, me sentando ao seu lado.

– Oi. – ele respondeu, me olhando educadamente.

Eu mal sabia como começar. Não é meu amigo igual é de Carl e Ness, e o vi poucas vezes. Mas acho que nas vezes que nos divertimos já posso tentar ajuda-lo de alguma forma. Eu já estava tão acostumada com os Cullen que estar sozinha com Derek, mesmo sabendo de sua recente transformação, não me deixava desconfortável e nem com medo. Já havia se tornado um ambiente familiar há algum tempo, desde que eu soube de Quil, dos lobos, e consequentemente dos frios pelas lendas. Não há como se envolver com os lobos e não descobrir sobre vampiros. Quero dizer, se você acredita na existência de um, o outro se torna meio óbvio.

– Eu sei como se sente. – falei de uma vez. Me arrependi por um segundo, incerta se tentar "ler a mente" dele seria um caminho de solidariedade bem aceito.

– Sério? – ele perguntou, me olhando surpreso.

– Sim. Quando Quil estava na Itália, eu tinha que me segurar sempre para não dizer que o amava. Sei que o que você sente é dez, quinze, trinta, cinquenta vezes pior do que eu senti. Eu queria que ele ficasse e terminasse de fazer o intercâmbio.

Ele franziu o cenho quando eu terminei.

– As situações são um pouco diferentes, eu sei. – ressaltei. – Mas os sentimentos são quase os mesmos, não é?

Ele confirmou com a cabeça, e fechou os olhos. Eu não o conhecia tão bem quanto Renesmee ou Carlie, mas a impressão que eu tive é que ele estaria chorando se pudesse derramar lágrimas.

– Eu a amo, mas não quero essa vida para ela. – ele confessou, ainda com as pálpebras juntas. – Se houvesse um jeito de eu virar humano novamente, apenas para tê-la... eu daria qualquer coisa para isso.

– Sinto muito, Derek. – falei, dando tapinhas em seu ombro. – Eu sou péssima em confortar as pessoas, me desculpa.

Ele riu, e me abraçou de lado. Era boa a sensação de conseguir fazer alguém rir quando este alguém precisa. Me faz sentir útil para algo nesse mundo.

– Agora eu entendo como Carl e Ness têm tanto afeto e amizade com você. – ele falou, após alguns segundos. – Você é tão amorosa, sua baixinha.

Eu ri, agradecida.

– Eu também entendo como elas adoram você. – comentei, pronta para dar o troco com o adjetivo. – Você é tão sem graça tentando ser engraçado, que faz parecer divertido.

Ele soltou um riso fanhoso com a minha tentativa de ofendê-lo.

– Vem, vamos voltar para dentro. – ele falou, se levantando, e estendendo a mão para me ajudar. – As duas vampirinhas devem estar preocupadas comigo.

– Elas são assim mesmo. Sempre se preocupando com os outros.

– Isso é uma das coisas que mais gosto nelas. – ele sorriu, orgulhoso. Eu poderia dizer que ele havia esquecido sobre o assunto Gabriella, mas seus olhos ainda estavam um pouco angustiados.

Decidi não tocar mais no assunto, com medo de ferir mais seus sentimentos. Uma hora ou outra todos precisamos lidar sozinhos com nossas próprias dores.

Subimos as escadas e fomos de volta para o escritório.

PDV Renesmee.

Puxa vida. Eu queria tanto fazer algo para ajudar meu amigo. Derek não merece sofrer.

A Irmã de Renesmee (pós Saga Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora