Amo, amo e...

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Amar seu ser é o meu propósito.
Amar sua essência é o meu destino.
Amar-te por inteiro é o que me mantém vivo.
Amar-te é a extensão do meu ser.
Amar-te é tudo o que preciso para viver.
E, no entanto, amar-te me faz sofrer.
A amar-te, de repente, eu parei de querer.
E amar-te faz parte de mim.
Mas não quero.
Não quero amar-te se isso fizer eu me odiar.
Não quero amar-te se for contra tudo em que acredito.
Não quero amar-te se me torturar.
Não quero amar-te se, pouco a pouco, passar a sentir-me como que morto.
Não quero amar-te se as lágrimas de meus olhos para ti não significarem nada.
Não quero amar-te em um abraço se ele me sufocar.
Não quero amar-te em um carinho se ele me machucar mais que mil espinhos.
Ainda assim: Eu quero te amar. 
Eu quero fazer de mim parte de você e você de mim.
Mas entenda:
Se te amar significar destruição perpétua: Amar-te-ei à distância.
Mesmo que doa em todo o meu ser.
Ao menos ainda poderei dizer que existo.
E, acredite, seu amor existirá comigo.
Mas somente o amor, não o ódio que semeia sobre ele.
Esse, esse sentimento, eu o deixarei.
Não parto porque deixei de sentir.
Parto agora porque sinto.
Parto porque simplesmente sinto demais.
E acredito que não suportaria por mais tempo.
Não pelo tempo suficiente.
Não sem que o amor se tornasse amargo.
Não sem que a dor o corrompesse.
Não sem que ele fosse enterrado.
Não sem que ele deixasse de existir.
Eu sinto.
Eu amo.
Eu percebo.
Eu parto.
Eu guardo.
Eu protejo.
Eu me despeço.
Eu recomeço.
Eu escrevo alguns versos.
Crio um manifesto.
E um amor aqui atesto.

Estephany. C.S.A

Poesia Aos VentosOnde histórias criam vida. Descubra agora