Está em nosso olhar, em nossa pulsação. Em quem somos e em tudo o que fizemos.
A vida é uma sequência trágica e instigadora de pessoas e lugares que existem para um dia deixarem de existir.
Pensar sobre isso faz meus pensamentos se acelerarem, respirar fundo me deixa calma. Por um segundo ou dois, afinal, meu cérebro me controla mais que eu o controlo.
Quantas vezes me peguei sem conseguir atravessar o véu da consciência até a queda em direção aos sonhos? Em que pensei tanto, que me perguntei se pensar era mesmo uma dádiva.
Não quero preocupar ninguém, por isso preocupo a pessoa que sou, faz a vida parecer um improviso. Mas nunca confiei fácil em coisas que devesse improvisar. Era sempre uma das últimas a deixar pra lá.
A evolução foi ao meu favor? O cortisol que meu cérebro libera realmente é necessário? A endorfina nunca parece suficiente, e isso agrava a situação. Faz com que aumente o ritmo da minha respiração.
Não quero ser repetitiva, eu mesma não gosto de passar por situações assim, mas há coisas que simplesmente se repetem. Perguntas sem respostas que são feitas e refeitas por todas as nossas vidas.
Tenho medo de não encontrar nenhuma resposta, de confiar em algo que me deixará em minha própria agonia até que a vida que me faz questionar a vida acabe. Não é algo com que muitos se preocupem. Mas a ciência provou que sou a raridade, a minoria. Isso é bom? Às vezes não sei dizer muito bem.
O DNA é o responsável por tudo que meu corpo é feito, ditou a cor dos meus olhos, da minha pele, a minha altura. Ele ditará também o que posso ou não ser? As respostas que posso ou não ter?
Meu DNA é um mistério, é o que percebo, mesmo que tudo dele se possa ler.
Estephany C.S.A
