Quando sentia o mundo sufocá-la, as pessoas tentando derrubá-la, ela olhava para o céu.
Em busca de algo, de um alívio, de esperança.
Seus sonhos não estavam errados.
Ela não era uma louca, uma sonhadora sem os pés no chão.
Muito cedo aprendeu que poucos tem a coragem de viver, a liberdade de fazer o que querem, não o que aprenderam a querer.
Se lembrava disso em momentos como aquele, em que tudo parecia desabar, quando a fortaleza que a rodeava ganhava mais uma rachadura.
Olhar para o céu ajudava, mas o que a fazia respirar com leveza era o calor do sol em seu rosto, como espantava toda a frieza do mundo em preciosos instantes.
Seu coração não era cego, não era fraco, ele era um sonhador em um mundo pessimista, uma luz que a guiava.
Ela sabia que exemplos se desfaziam, que heróis caíam.
Que poderiam apagar seu farol.
Mas também sabia que o mundo foi criado para dissipar a escuridão do nada.
Ela não iria contra sua natureza, ela seria quem sua alma gritava para ser.
Ela brilharia no calor do sol.Estephany C.S.A
