Frio.
Gelo.
Morte.
Era familiar.
Tudo era familiar.
Solidão, solitude, solidão.
Ele era seu passatempo:
O vazio.
Não sabia quem era quando só, quando forçada a se encarar.
Medo, puro e único, não a assustava.
Isso a fazia temer.
Sem medo da dor, sem medo da morte, sem medo de tentar.
Sem medo de não respirar.
Sem medo de estar sem si.
Sem medo.
Apenas sem.
Seu nada era seu tudo.
Seu tudo era seu nada.
Ela era o abismo.
Era o precipício.
Lar de ideias com final trágico.
Lar de pensamento eternos nunca eternizados.
Era o fim do fim.
Sua essência era o caos.
O caos que beira o fim.
O seu fim.Estephany C.S.A
