Como previsto, durante a noite não consegui dormir. Não só pelo fato do que ouve entre mim e Enid, apesar de que era uma sensação tão boa te-la me tocando que eu havia me surpreendido por querer mais. Mais dos seus beijos e mais dos seus toques.
Sim, eu admito que havia ficado, digamos que, animada, com suas mãos em mim.
Porém, não foi esse o unico motivo que me manteve acordada pelo resto da noite. A carta que eu havia recebido me manteve tão entusiasmada quando os toques dela em meu corpo.
E agora, vendo o resultado de uma noite mal dormida me deixou feliz. As olheiras em baixo dos meus olhos não estavam tão profundas, mas mesmo assim era uma bela visão para mim.
Devidamente pronta para mais um dia sai do banheiro e a primeira visão que tive foi de Enid, sentada em minha cama.
Gostaria de entender o motivo dela estar em minha cama sendo que ela já tinha a dela.
-Pensei que já tivesse saido. -Comentei.
-Eu estava te esperando.
-Já podemos ir então.
Alcancei a porta, antes que eu pudesse abri-la Enid chegou ao meu lado. A mão sobre a fechadura impedindo que eu a abrisse.
-O que está fazendo? -Perguntei me virando para olha-la.
Eis meu erro. Enid estava tão próxima de mim que eu podia sentir sua respiração ofegante sobre meu rosto. Encarei seus olhos, tão brilhantes que poderiam iluminar um dia cinzento. Descendo, observei seus labios, sua lingua deslizou por eles, umedecendo-os.
-O que deseja Enid? -Voltei a olha-la nos olhos.
-Beijar você. -Sussurra. O cheiro de seu gloss atingindo meu olfato.
-E porque não o faz?
Tomando minhas palavras como consentimento Enid se debruçou deslizando seu labios sobre os meus, uma pequena mordida em meu labio inferior e sua lingua adentrou minha boca.
Lábios macios com o sabor de morango foi o que provei, me deliciando com o sabor experimentado.
Suas mãos agarram minha cintura empurrando meu corpo em direção a porta, esse beijo estava diferente dos outros, mais faminto eu diria.
Deslizei as mãos por seus braços sentindo seus pelos se arrepiarem sobre meu toque, subi por seus ombros chegando a sua nuca e ali as mantive. Enrolei os fios de seu cabelo em meus dedos e os puxei levemente.
Um aperto forte em minha cintura foi a resposta que tive, quase levantando meu corpo do chão.
Enid ofegou, empurrou seu corpo contra o meu me prendendo entre ela e a porta.
Meu coração disparou, isso estava indo longe demais. E nem eram oito da manhã ainda.
Levei sua boca para longe da minha, um pequeno resmungo sendo solto por Enid.
Nossos olhos se abriram juntos, nossas respirações desregularidas. Seu peito subia e descia tão rapido quanto o meu.
-Vamos perder o café. -Falei normalizando meu folego.
-Não acho que eles estejam servindo o que eu quero comer. -Tão rapido quanto sua resposta veio sua reação. Seus olhos se arregalaram e ela me soltou correndo para fora do quarto.
Minha capacidade de entender as coisas funcionou muito bem, resumindo, eu havia entendido perfeitamente o significado de suas palavras.
Enid havia realmente falado em sexo.