- Já pensou se uma de nos namora um jogador de futebol? Nunca mais vai precisar trabalhar, da para virar influencer.
- Até parece, Raissa. Não viu a bafafá que vive com esses jogadores? Paga nem pensão imagina se vai bancar mulher para ficar só servindo de influencer. – Digo, juntando minhas coisas para levar para o serviço. Aê nem me apresentei.
Meu nome é Lili, sim esse é o nome mesmo. Moro com duas amigas Raissa e Juliana, nos conhecemos na faculdade de medicina e estamos juntas até hoje. Cada ano que passa acho que somos perturbadas e por isso damos certo, a euforia da copa mexeu com a cabeça de todas nós, principalmente da Raissa que agora decidiu que quer ser mulher de jogador, já parou para pensar nisso? Os caras não pagam nem pensão para os filhos e vão manter mulher. Se já nos formamos? Simmm, porém ainda não decidimos em que vamos especializar, então estamos fazendo rodizio em um hospital até decidirmos.
- Bora, vamos chegar atrasada meninas, a época de colocar a culpa na copa já acabou. – Juliana é sempre quem conduz as duas malucas que ela arrumou de estimação, ela estava nos empurrando apartamento a fora, pois durante esse mês de copa chegamos atrasada quase todos os dias, porém agora não tem mais essa desculpa.
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Por volta de uma e meia da madrugada consegui deitar, estava trabalhando na pediatria essa semana e estou completamente exausta, não parei nem um minuto sequer e para piorar hoje era meu dia de ficar de plantão, finalmente consigo ir para sala de médico para conseguir descansar um pouco, vejo minhas duas amigas desmaiadas até babando, coloco um fone e deito em uma das camas. Abro o tiktok e logo de imediato abre um vídeo de fanfic com os jogadores daquelas só de mensagem, dou risada imaginando que essa tal de S/N sou eu, me divirto horrores com essas fanfic até parece que em algum momento eu conseguiria sequer conhecer um jogador ou alias eles me notariam, tem que ser muito padrão para um jogador notar você, ainda mais esse tal de Antony o cara só pegou mulher padrão, saindo com uma dj super gostosa. Fecho o aplicativo e dou risada sozinha pensando que o sonho da Raissa de ser mulher de jogador, consigo adormecer finalmente.
- ACORDA GAROTA, TÃO TE CHAMANDO TEM QUASE 10 MINUTOS, É EMERGÊNCIA NA PEDIATRIA. – Juliana me sacudia e eu acordo assustada, olho telefone e não dormi nem 20 minutos.
- MEU DEUS AMIGA! Eu não escutei. – Pego meu jaleco e saio correndo em direção a emergência da pediatria, como eu não acordei? Imagina se alguma criança morre por minha causa. Balanço a cabeça tentando dissipar esse pensamento, consigo chegar na emergência e vejo vários enfermeiros rodear a maca da criança.
- Você demorou doutora, a criança está com uma crise alérgica, o pai disse que ela não tinha essa alergia, que sempre tomou leite, e hoje ele estava tomando e do nada a criança começou a passar mal, como vamos proceder? – A enfermeira fala desesperada, adianta ficar desesperada? Ela estava ME DEIXANDO desesperada.
- Okay, vamos começar esse procedimento, não adianta ficar desesperada. – Prendi o meu cabelo, e escutava um homem gritar comigo. – Tira o pai daqui, por favor! O lugar dele é na sala de espera, lá fora, com ele gritando no meu ouvido não consigo fazer nada. – Os enfermeiros retiraram o homem na hora.
Pego o prontuário da criança e vejo que não tem alergia a nenhum medicamento, ótimo isso ajuda bem mais meu serviço.
- Vamos começar com Penicilina, tragam os instrumentos para eu dar uma olhada e ver como está o canal respiratório. – Vejo que está se fechando. – Por favor arruma epinefrina, ele vai precisando urgente.
- Doutora isso é só em casos urgentes. – Um dos enfermeiros diz de longe.
- ISSO É UMA EMERGÊNCIA, É UMA CRIANÇA, VOCÊ QUER QUE ELA MORRA NAS MINHAS MÃOS?
- Só estou dizendo que temos poucas doses, é quase impossível achar isso no Brasil e é muito caro.
- Cala boca! E faça o que mandei, por favor. – Tem uns enfermeiros que testam minha paciência. – Desculpa ter sido sem educação, por favor vá buscar a epinefrina, ele está com a glote quase toda fechada.
Uma das enfermeiras veio correndo com o medicamento enquanto o enfermeiro que está discutindo ficou com cara de tacho, sorrio para a enfermeira que já estava fazendo a medicação no garoto. Passo a mão no cabelo da criança, não parecia ter mais de 3 anos, tão pequeno e já tendo que passar por isso, tinha que ser um homem cuidando de uma criança para esse tipo de coisa acontecer.
- A senhora vai ser uma ótima pediatra se decidir ficar nessa função mesmo, o que você fez por essa criança, lutar para dar epinefrina pra ele, tomara que sempre que meus filhos precisarem, eles tenham uma medica como a senhora para cuidar deles. – Dou um sorriso com o olho cheio de água quase chorando.
- Muito obrigada! Acho vou acabar me especializando em pediatria mesmo, amo atender essas criancinhas e salvar elas. Você cuida dos exames dele para mim? Eu vou conversar com o pai. – Tiro a luva e pego o prontuário da criança.
- Quais exames doutora?
- Quero exame de sangue completo, quero um TC de crânio, ele ficou um tempinho desacordado vamos ver se rolou algo aí dentro. – Viro para olha-lo e vejo que está acordando. – Olha só, parece que meu trabalho foi bem feito, ele já está acordando.
Passo a mão no cabelo do menino e dou um beijo na testa. Sorri para a enfermeira e ela sorri de volta para mim.
- Oi pequeno, meu nome é Tia Lili, a titia que está cuidando de você e agora a tia ali – aponto para a enfermeira. – Vai levar você para o quarto, enquanto a tia conversa com o seu papai e já levo ele para você, tudo bem? – Ele balança a cabeça e eu pisco pra ele. – Leve ele para o quarto 202, lá está livre, eu liberei o menino de lá hoje cedo, vamos ficar observando esse garotão, assim que sair esses exames que pedi, vamos fazer um teste de alergia.
Saio da salinha da emergência e vou em direção a sala de espera, tem uns 10 homens sentados aflitos, e dois no canto da sala de espera. Meu Deus, nunca vi essa sala tão cheia, vou ter que chamar em voz alta para ver quem é o pai do menino, nunca vi tanto homem, misericórdia.
- O PAI DO LORENZO SANTOS, por favor. – Todos os homens sentados levantam e os dois que estavam mais no canto vem no meu rumo. AGORA FODEU quem é o pai dessa criança gente. – SOMENTE O PAI, POR FAVOR.
Um homem muito bonito estava vindo no meu rumo estava muito aflito aparentemente, parecia que ia desmaiar de aflição, seu cabelo estava descolorido, estava vestido como um ... PERA NÃO PODE SER. Encaro aquele homem e arregalo os olhos, ele estava frente a frente comigo, poucos centímetros da minha pessoa, balancei a cabeça e pensei "Não pode ser".
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Atacante - Antony
FanfictionPor um acaso do destino a vida de seu filho Lorenzo vai parar nas mãos de Lili, que apesar de recém formada é uma ótima médica. Antony e Lili viveram altos e baixos com toda essa história de uma médico ter um romance com um jogador de futebol mundi...