Atacante - Antony

CAPITULO 3

Entro no quartinho dos médicos e desabo na cama, eu estava exausta e tentando entender tudo que tinha acontecido, como que o Antony jogador de futebol veio parar no hospital que eu trabalho em São Paulo, como ele é arrogante, pior de tudo nem conheci meu jogador preferido que é o Paquetá, aquele homem é lindo e maravilhoso, a forma como ele e a mulher são incríveis juntos, meu sonho conhece-los, o cara é de longe INCRIVEL de todas as formas, adormeço como um neném, visto que eu estava exausta. 

Acordo com o celular despertando, vejo e já são 6h, não dormi quase nada essa noite, acordo resmungando e dou de cara com Raissa e Juliana sentadas me olhando como se eu tivesse mijado na cama.

- Tudo bem com as duas? Eu mijei na cama por acaso e não estou sentindo? – As duas se olham e voltam a olhar para mim. 

- Levanta mulher, a gente descobriu que o Antony está no hospital, que alguém próximo a ele passou mal e veio parar na emergência ontem. – Juliana diz me estapeando me fazendo sair da cama. 

- Vamos Lili, está metade das medicas querendo saber quem foi o sortudo que atendeu e em que quarto o gostoso do antony está. Vamos procurar ele antes que a vagabunda da Luiza ache ele e fique arrastando asinha para cima dele. – Raissa pega meu jaleco e me entrega, as duas malucas acha que eu vou sair para fora do quarto sem nem escovar os dentes.

- Primeiramente antes de tudo, eu vou escovar os dentes, segundo a gente vai passar e pegar um café e um sanduiche pois estou exausta e com fome, terceiro foi eu quem atendi o filho do Antony e a criança quase morreu, então por favor, vamos parar de chamar a pessoa de sortuda pois estamos aqui para salvar a vida de pessoas e não foi nada de sorte ter que atender o garoto ontem. – Pego minha bolsinha e vou até o banheiro fazer minha higiene pessoal. 

- Caralho amiga, foi tu que atendeu o gostoso do Antony então? 

- Foi Raissa, só que eu não o atendi, atendi o filho e foi uma longa noite, não dormi nada por conta dessa emergência. 

- E como ele é? É gostoso igual nos vídeos?

- É sim, Ju. Só que meio arrogante e babaca, me chamou de enfermeira. – Elas param no meio do caminho e eu fico sem entender o motivo. Olho para frente e vejo Antony parado com dois copos de café na mão, ele estava vindo no meu rumo e escutei minhas duas amigas ficarem eufóricas pelo jogador estar vindo no nosso rumo. 

- Bom dia Lili, está tudo bem? Eu queria conversar com você, te trouxe café, imagino que esteja exausta. – Ele me entrega o copo e me da um sorriso. 

- Bom dia Sr. Santos. Claro que pode conversar comigo, vamos até o quarto do seu filho e eu já dou uma olhada nele? – Olho para minhas amigas e elas estão com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança. – AH SIM! Essas são minhas amigas que também são medicas aqui, essa é Juliana e Raissa, elas estão um pouco eufóricas de conhecer você. 

- Prazer meninas, é sempre bom ver um time de medicas tão gatas logo de manhã assim.
As duas ficam igual duas bobas olhando para o Antony com um sorriso do tamanho do mundo, e eu dou uma risada. 

- Então meninas, eu vou conversar com o Sr. Santos e mais tarde encontro com vocês para almoçar, tudo bem? – Elas balançam a cabeça com um sinal de sim e eu saio acompanhando Antony até o quarto. 

Entro no quarto e Lorenzo ainda está dormindo, Antony se senta na poltrona e faz sinal com que eu sente na outra. 

- Então Sr. Santos, o que você queria conversar comigo?

- Por favor me chame de Antony, você me chamando assim parece que tenho 50 anos. 

- Tudo bem então, Antony. No que posso te ajudar? – Sorrio. 

- Eu gostaria de saber se tem alguma possibilidade de eu levar meu filho para casa? Não queria que esse lugar ficasse cheio de jornalistas e tals, já teve foto minha na sala de espera enquanto meu filho estava com você, isso é invasivo e sei que estou fadado e viver com isso, porém é meu filho e não quero que saía fotos dele assim. 

- Compreendo, Antony. Irei restringir o máximo de pessoas para entrar aqui e vou conversar com a minha superiora para que eu mesma fazer os exames de Lorenzo, no momento não posso liberar ele, preciso ver o resultado de todos os exames e precisamos ver de que ele tem alergia para ter acontecido isso. 

- Obrigada doutora, o que você tem feito pelo meu filho, você é incrível! – Ele me abraça novamente. 

- ERA SÓ O QUE ME FALTAVA, MEU FILHO DOENTE E VOCÊ COM UMA VAGABUNDA NA FRENTE DELE. – Uma mulher simplesmente invade o quarto e fico assustada com tudo aquilo. – SAÍA OS DOIS IMEDIATAMENTE DO QUARTO E ME CHAME O MEDICO PARA ME EXPLICAR O QUE ACONTECEU. 

- Eu sou a médica, senho... – Sou interrompida antes de terminar de falar.

- Tinha que ser ne Antony, você arrumou até uma de suas putas para atender nosso filho, você não tem esse direito, quero outro médico. – Engulo seco e Antony olha para a mulher com cara de raiva. 

- Então senhora, fui eu quem atendi seu filho, não tenho um caso com o seu marido e espero que a senhora passa se acalmar para que eu possa explicar o que está acontecendo, não irei repassar esse caso pois fui eu quem salvou a vida do seu filho. – Digo com calma, até porque sou uma mulher de berço e educação, não nasci para elevar a voz com ninguém ainda mais para fazer barraco como essa maluca quer. 

- Pois eu me recuso a deixar meu filho ser tratado por uma vagabunda como você, que já esta atracada com meu marido. 

- Foi apenas um abraço, deixa de ser ridícula, a Lili é uma ótima médica e está sendo super profissional. – Lorenzo começa a chorar com tanta gritaria. – Olha só, acordou nosso filho, e alias Lili, eu e elas somos divorciados. 

- Tudo bem Antony. – Vou até o garoto e a mulher vai no meu rumo como se quisesse me bater, porém Antony a segura antes. – Oi Lorenzo, a Tia Lili vai avaliar como você esta, tudo bem?
- Vamos conversar lá fora, enquanto a Lili olha o Lorenzo. – Antony pega a mulher pela mão e eles se retiram do quarto. 

Coloco o estetoscópio no peito de Lorenzo e ele se retrai, é claro tá gelado e eu tinha me esquecido de avisar, sou tão boa com crianças e todo esse rolo afetou meu mental, é por isso que eu não quero nunca ser mulher de jogador.

- Desculpa Lorenzo, está geladinho né, porém é rapidinho, é só para a tia olhar como está seu coraçãozinho. – Ele me dá um sorriso meigo, que criança linda, por isso amo essa área. Pego tudo que vou precisar para colher o sangue dele e ponho pertinho de mim, tiro um ursinho do bolso para poder brincar com ele enquanto tiro seu sangue. – Olha Lorenzo, a tia tem um ursinho para você, ele vai te fazer companhia enquanto a titia faz um exame em você, tudo bem?
Começo a brincar com a seringa na mão, porém com ela ainda fechada, mostrando para Lorenzo que não iria doer, ele dava gargalhada enquanto eu cantava e brincava com ele. Consegui tirar o sangue de Lorenzo sem que ele chorasse ou lutasse para não tirar. 

- Você é forte! Olha só, além de ser lindo como seu pai, ainda é forte! Nem chorou. 

- Papai. – Lorenzo fala e eu olho para tras, vejo Antony com um sorriso do tamanho do mundo me olhando igual um bobo, junto as coisas para levar para o laboratório, levanto da cadeira e está saindo do quarto, porém teria que passar pelo Antony.

- Você leva muito jeito com criança, estou olhando você brincar com o Lorenzo desde a hora que começou a tirar sangue dele. – Ele põe meu cabelo atras da orelha. – Além de linda é uma ótima pediatra. 

- Obri... Obrigada Antony. – Engulo seco. – Posso sair? Você está ocupando a porta. 

- Me deixe a levar para um encontro, eu quero te conhecer melhor, Lili. 

- Melhor não, Antony. Eu sou medica do seu filho, com licença. 

Saio do quarto e mal consigo respirar, se esse homem der em cima de mim mais uma vez não irei responder por mim, ele me olha como se quisesse arrancar minha roupa, e olha eu deixaria. Balanço a cabeça e ando em direção ao laboratório, preciso resolver logo a situação do Lorenzo e liberar o garoto antes que Antony me deixe maluca.