Capítulo 24: Reflexo

727 107 99
                                    

ADAM

Entro no banheiro e me olho no espelho. Meu rosto está sangrando um pouco então jogo água no meu rosto. Encaro o meu reflexo e sinto apenas nojo do que eu vejo. Meus olhos ficam um pouco marejados enquanto tiro o sangue de mim.

Ouço alguém entrar no banheiro e tento disfarçar olhando para o outro lado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ouço alguém entrar no banheiro e tento disfarçar olhando para o outro lado.

– Ah... é você. – Mike fala olhando para mim. – Eu volto depois.

– Fique a vontade. Eu já estou saindo.

– Hum

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

– Hum. Okay. – Mike fala indo para o mictório.

Eu o olho pelo espelho e vejo ele dar um pequeno sorriso.

– Tem alguma merda engraçada aqui? – Falo olhando pra ele pelo reflexo.

– Não... Só estou lembrando de uma coisa que aconteceu um tempinho atrás. – Ele olha pra mim.

–Você está tirando com a porra da minha cara? Porque aqui não tem seus amiguinhos para te ajudar. – Eu vou em sua direção e o agarro pela camisa. – Não pense que eu não te arrebento agora.

– Calma lá. – Mike fala olhando diretamente em meus olhos. – Você nem sabe do que eu estou falando. – Ele olha para a camisa dele. – Vim no banheiro mijar e me limpar da bebida que eu derramei. Era disso que eu estava rindo.

Eu olho para ele e solto sua camisa.

– Obrigado. – Mike diz se ajeitando.

– Espero que você não conte pra ninguém o que você acha que viu aqui. – Encaro ele seriamente.

– Cara, você acha mesmo que eu vou perder o meu tempo falando o que você deixa ou não de fazer? – Mike pega um pouco de papel para se limpar da bebida.

– Um pouco de detergente líquido misturado com água gelada ajuda a tirar isso daí. – Falo o encarando enquanto ele luta miseravelmente para tirar a mancha da blusa. – Mas tem que tem que deixar de molho depois. 

– Obrigado. – Ele me olha com uma cara estranha. – Você poderia ser assim mais vezes. Um pouco mais legal.

Eu apenas o olho e antes mesmo que eu pudesse falar qualquer coisa sinto uma dor forte nas minhas costelas e coloco a mão na tentativa de fazer ela parar.

– O que foi? – Mike se aproxima de mim. – Deixa eu ver. – Ele fala levantando a minha camisa e a gente se depara com um roxo enorme.

– Está doendo muito. – Falo me encostando na pia. – Puta que pariu! – Fecho os olhos com a dor que começa a irradiar por todo meu abdômen.

– Isso parece sério. Você precisa ir ao hospital.

Sinto a dor mais forte ainda e eu me sento no chão do banheiro.

– Eu te ajudo. – Mike estende a mão para mim e me ajuda a levantar do chão. – Pode se apoiar em mim, se precisar.

Eu passo o braço por seu pescoço e a gente começa a andar pra fora do banheiro. Vou me apoiando nele pelo corredor até a gente sair do prédio.

– Onde está o seu carro? – Mike pergunta.

– Está no estacionamento da frente. – Falo entre um gemido de dor.

– Fica aqui, eu vou lá pegar e volto pra te buscar.

Eu dou minhas chaves a ele e me sento no banco ao lado da porta.

Não demora muito e Mike volta parando o carro na minha frente. Ele me ajuda a entrar e a colocar o cinto.

– Você sabe dirigir?

– Sim. – Mike me olha. – Se eu tenho carteira é outra coisa. – Ele coloca o cinto e saímos do estacionamento da escola.

Entramos na estrada a caminho do hospital e eu fico de olhos fechados tentando controlar a dor que estou sentido.

Em poucos minutos chegamos no hospital e Mike me ajuda a sair do carro.

– Obrigado. – Falo me apoiando nele novamente e a gente entra no hospital.

– Estamos precisando ajuda! – Mike fala alto na tentativa de chamar atenção de alguém.

Um enfermeiro se aproxima da gente rapidamente.

– O que aconteceu? – Ele ajuda Mike a me sentar em uma cadeira.

Eu levanto a camisa e ele vê o enorme roxo que está em meu abdômen.

– Chamem o doutor! – O enfermeiro olha para mim e para o Mike. – Isso é um sinal de hemorragia interna. Vamos te levar para a cirurgia. –  Ele fala pegando uma cadeira e me colocando sentado nela. – Dê os dados dele para a moça da recepção e logo mais eu volto para te dar notícias. – O enfermeiro fala olhando para o Mike e começa me levar pelos corredores do hospital.

Quando eu me dou conta estou rodeado de pessoas em minha volta e a minha visão começa a ficar turva até tudo virar um escuro total.

Doce Perdição (Romance Gay +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora