6. Mesa dos Solteiros - Mãozinha (Série Wandinha) Hot

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Comentem porque estou insegura com esse.

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Eu sempre choro em casamentos. É clichê, eu sei. Além disso, esse hábito terrível e sem sentido foi o que levou a noite a acabar como acabou.

Era a renovação de votos maléficos de meu tio Gomez e sua esposa Mortícia. Não os conhecia muito bem, mas queria representar a minha falecida mãe então aceitei o convite. Cheguei cedo para não ter que cumprimentar muita gente, a maioria, pessoas que eu só vi quando era muito pequena, e procurei um banco vazio, ou foi o que eu pensei.

Ao me sentar notei ele parado alí como um molde macabro para manicures, embora suas cicatrizes deixassem claro que uma carreira de modelo não seria fácil. Ele se virou para mim, parecia me olhar de alguma maneira.

- Desculpe, eu achei que estava livre.

- Pode ficar, Mãozinha não vai se importar - disse uma menina pálida de tranças sentada no banco da frente.

- Com licença - me sentei ao lado de Mãozinha, em dúvida se aquilo era um parente, um zumbi ou um bichinho de estimação.

O gramado estava terrível, cheio de ervas daninhas, plantas carnívoras e mais espaços de terra que de grama, o céu cinza anunciava uma tempestade, mesmo assim, a marcha fúnebre começou a tocar e Mortícia entrou usando seu vestido preto habitual com uma longa calda e um véu de mesma cor.

Normalmente era nessa hora que a choradeira começava e ficava mais intensa, quando diziam os votos "na saúde e na doença", não que tivesse algum significado a mais para mim, foi quando Mãozinha deu algumas batidinhas consoladoras na minha mão ao lado do corpo.

- Desculpe - sussurrei - estou te incomodando?

Ele balançou o dedo indicador, dizendo não e continuou apoiado em minha mão por mais alguns minutos.

A chuva começou a cair, a maioria dos convidados correram para dentro enquanto Gomez tomava a ainda esposa nos braços e a beijava, era a minha parte preferida, então abri o guarda-chuva sobre Mãozinha e eu, continuamos ali, sentados por um tempo, mesmo depois que os noivos entraram,

- Eu só preciso de um minuto para meus olhos vermelhos voltarem ao normal.

Ele fez um O usando o indicador e o polegar e levantou os outros dedos.

"OK"

- Você sabe libras? - ele concordou com o indicador - eu não sei muito, mas conheço as letras se quiser falar comigo pode soletrar.

"Entendi" - ele fez como eu pedi, letra por letra.

- Ou não, se for atrapalhar.

"Eu quero".

Entendi que ele se manteria monossilábico, tudo bem, devia ser cansativo fazer letra por letra.

- Quer carona lá para dentro?

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