48. Uma Boa Amiga

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Eu sou uma boa amiga

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Eu sou uma boa amiga. Dois anos fingindo ser a namorada do meu melhor amigo gay em cada feriado em família me garantiu o título.

Sempre que há uma insistência dos Malfoy em trazer o filho para casa, Draco me arrasta com ele. Eu gosto da mansão, me sinto de férias em um resort de luxo e basta dizer que estou com sede e tenho um falso namorado para me trazer um copo de água bem gelada. É como se eu fosse uma rainha.

O que os pais de Draco não sabe, principalmente o pai, é que ele gosta de paus tão grossos quanto o dele.

Mas dessa vez, há algo de diferente.

Draco decidiu minimizar a solidão da nossa antiga amiga da escola, a convidando para passar as festas. Mesmo que isso colocasse a nossa farça em risco.

Claro que Pansy sabia que eu e Draco não estávamos juntos de verdade, ele havia se assumido para nós duas logo que nos conhecemos, mas eu e Pansy tínhamos um passado.

Ainda que eu não entendesse bem a minha sexualidade, sinto falta das nossas noites no dormitório da Sonserina.

- Colocamos você ao lado do quarto de Jane - Narcisa diz á Pansy quando ela passa pela porta - não deixamos que ela e Draco fiquem no mesmo quarto, sabe. 

- Ainda é cedo para bebês? - Pansy me dá uma piscadinha de lado.

- Quer que eu te mostre onde fica? - pergunto e faço sinal para o andar de cima.

O jeans skinny emoldurava sua bunda redonda tão perfeitamente que era possível ver as dobras da sua boceta enquanto ela subia as escadas. Meu corpo responde a isso com uma pulsação insistente.

- E Draco?

- Com o pai no campo de quadribol. 

- Algumas coisas não mudam.

- Outras mudam completamente - eu respondo com um olhar que espero que diga muito.

Paro na frente da porta do quarto dela, e a encaro.

- É aqui.

- Só isso? Nem um beijinho de boas vindas? - ela brinca, mas só consigo olhar em volta para ter certeza de que ninguém ouviu.

- Não podemos fazer isso com Draco.

- Eu sei, o puto fica com a melhor garota mesmo sendo gay.

***

Passamos o resto do dia cercadas dos Malfoy. O suficiente para perceber que as coisas entre nossos anfitriões não estavam nada bem.

- Mamãe pediu o divórcio - Draco esclareceu ao se sentar perto de nós depois do jantar.

- Sinto muito.

- Tudo bem, Sn. Quem sabe agora, só com a minha mãe, eu possa ser eu mesmo. 

O solário onde estamos é coberto de vidros no teto e nas paredes, com adornos em ferro pintado de preto, um aspecto gótico que não era quebrado nem com as flores coloridas ao redor.

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