Capítulo 8 - Confronto

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- Talvez tenha sido o meu sangue gente, ontem a noite eu fumei muito, deveriam tentar com um sangue mais inocente. – Missy
- Acredito que sua maconha não nos atrapalhou Missy, o feitiço deu certo, o que acontece é que... – Nathan tentou explicar, mas não existia exatamente uma explicação.
- Adam, vamos encontrá-lo! – Demeter me amparou me abraçando.
- É muito difícil ter uma resposta quando não se sabe exatamente o que ela responde, o que diabos "vazio" quer dizer? – Questionei.

Demeter nos dispensou de ajudá-lo, disse que arrumaria no dia seguinte toda a bagunça pois estava exausto. O pai de Missy a buscou e ofereci uma carona para Nathan.

Joguei no porta-malas o lençol de Drew sujo de sangue, e veio na minha cabeça o último momento que tive com ele, quando gritou enquanto eu virava as costas envergonhado.           Tudo que eu queria agora poder abraçar ele, me sentia sozinho como nunca estive, passar por essa dor novamente era como dormir e cair em um pesadelo horrível que você já teve, Drew  era a família que ainda tinha nesse mundo.

- Adam, o que fez hoje, na execução do feitiço... – Eu interrompi Nathan antes que pudesse concluir.
- Desculpe, eu sei que fui imprudente, poderia ter machucado a todos nós.
- Não... Quer dizer, isso também... Mas não é isso que quero dizer. Senti emanar de você, uma força... Um poder imenso... O feitiço te respondeu, nunca li absolutamente nada que de longe se assemelhou a isso. A sensação que tenho é que temos uma boa resposta, só não interpretamos ela ainda. Eu não quero te dar esperanças, principalmente se isso for para te machucar, mas acredito que ainda não é a hora de você desistir dessa busca.
- Nathan, não tenho forças para passar por isso de novo, quando foi os meus pais, doeu tanto, que pensei que nunca fosse superar, mas eu tinha o Drew, agora... – Meu folego pesava sempre que eu pronunciava o nome dele.
- Você tem a gente irmão, somos sua família, nunca vai estar só.  – Seguimos o restante do caminho em silencio.

Quando o deixei na porta de casa, meus pensamentos ficaram novamente perdidos em uma nuvem escura, normalmente, quando tenho sentimentos ruins, costumo correr, sempre alivia um pouco a tensão, mas depois da última vez, sempre que cogitava a ideia meu peito gelava, tudo que eu precisava evitar agora, era passar perto do maldito território dos sanguessugas... Calma... Os sanguessugas...

- São três da manhã seu maluco, porque está me ligando.
- Lavígnia, onde você está?
- Olha que horas são Adam, ta ficando doido?
- Sei muito bem que sono não te afeta, me encontre em frente ao boliche do centro em dez minutos.
- Até onde eu sei Adam, não recebo ordens de nenhum magus.
- Ou você vem, ou abrirei uma queixa perante a suprema rainha contra os vampiros, pelo que presenciei na floresta, e por sequestrarem meu irmão.
- Vinte minutos. -Ela desligou.

Estacionei o carro do lado mais escuro da rua. Eu não havia pensado na hipótese de Drew ter sido sequestrado, talvez os malditos "D" tenham pegado meu irmão para fazer com ele o que estavam fazendo com a general na floresta. Aguardei por alguns minutos, e segundos antes do prazo que me pediu finalizar, a dentuça bateu no vidro do carro. Eu abri a porta e ela entrou.

- Escuta aqui seu projeto de Harry Potter, você não pode me ameaçar, tem sorte de estar vivo, só está porque eu gosto muito do seu irmão e consegui que não fossem atrás de você, se meteu com quem não deveria quando invadiu o território da minha família, e agora vem me ameaçar, dizendo que eu sumi com Drew. Eu não sei onde ele está. – Ela estava bufando.
- Não parece surpresa com ele estar desaparecido. – Eu a encurralei, queria enfiar uma estaca no coração dela, eu sabia que ela estava mentindo sobre algo, seu olhar entregava.
- Eu e seu irmão somos um tanto, íntimos, seu idiota, então é um pouco evidente que eu perceba que ele sumiu. Você vai parar de me ameaçar. E se entrar no território da minha família de novo, garanto que nem os seus ossos serão encontrados.
- Você não me da medo. Eu vou encontrar ele, e acho melhor, para o seu bem e de todos os outros morceguinhos da sua família, que não estejam com ele. – Ela apenas fixou os olhos no meu, e em seguida saiu do carro.

Algo me dizia que ela sabia de algo, se Drew desapareceu e não à respondia, porque ela não veio até mim questionar sobre ele? Um flashback veio na minha mente dos gritos da general sendo torturada na floresta, pensar que Drew poderia estar passando por aquilo me fez ficar enjoado. Tirei do bolso minha carteira e de dentro dela o número anotado da general.         Eu pensei algumas vezes em fazer essa ligação, para pedir ajuda, mas todas as vezes recuei, mas agora, com a nova percepção de que talvez os "D" poderia estar escondendo de alguma forma meu irmão e talvez ter alguma ligação com o que aconteceu na floresta.

- Aurora. Quem fala?
- Alo! Ruiva, lembra quando eu salvei sua vida? Então... preciso de ajuda!

Nota do autor:  

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⏰ Última atualização: Jan 12, 2023 ⏰

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