Grande idiota

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* Mon

“Idiota, Idiota, IDIOTA!”

Eu simplesmente não podia acreditar no que acabou de acontecer, eu acabei de chegar e ela já havia conseguido estragar TUDO! Sam era impulsiva, teimosa, exigente e super tóxica.

 Jogar a culpa em mim por não falar com ela e agir como uma criança sem noção? Ela queria nos matar? Meu senhor, ainda tínhamos 8 anos?

Entrei em casa sem olhar para trás, eu não conseguia impedir minhas lágrimas de caírem, para minha sorte mama e meu pai estava dormindo, não teria que explicar o que aconteceu para eles.

Entrei em silêncio e já fui direto para meu quarto.

Deixei a mala em um canto e me deitei, meu quarto continuava o mesmo de quando fui embora e era uma tortura olhar as fotos dela, aquele sorriso.

Como pode uma pessoa ser completamente diferente pessoalmente?

“ Nunca conheça seus ídolos…”  

Meu coração doía ao lembrar que me apaixonei por aquela mulher, como eu podia ser tão idiota?

Meu celular tocou me tirando a atenção, pensei em ignorar, mas o mesmo não parava de apitar. O peguei com raiva, quem era a essas horas?!

— Oi? - esqueci de conferir o número e respondi em um tom rude.

— Mon? Como está?- era Tee

— Por que mandou ela me buscar? - eu estava magoada.

— Sam? Eu não pedi, ela correu na minha frente assim que ouviu a ligação. - silêncio - O que ela te fez agora?

Não aguentei e voltei a chorar contando tudo para ela, eu precisava de alguém para me abrir e Tee foi a única que permaneceu mantendo contato, as outras haviam ficado do lado de Sam.

 — Sinto muito por isso… eu não imaginava.

— Eu odeio ela!

— Você odeia amar ela, mas não odeia ela querida… Sam é imatura, mas vou falar com ela, agora descanse. Garanto que ela não está tão bem também.

— Tee… obrigada por ficar. - digo com o coração realmente feliz por ter ela - boa noite.

— Sempre… boa noite querida.

Desliguei a chamada e deixei a noite guiar meus pensamentos e mais uma vez naquele dia tive sonhos com aquela mulher.

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*Sonho de Mon

 — Ei mon…

— oi…

— o que ta pensando?

Sam e eu estávamos deitadas na cama, ela me fazia cafuné e eu não conseguia parar de admirar a beleza daquela mulher. Seu corpo estava nu e sua pele ainda tinha um brilho do suor, seu rosto um pouco avermelhado e seus cabelos bagunçados era charme.

— no quanto você está linda e no quanto te amo…

Seu rosto ficou sério após minha última fala e me senti desconfortável com aquilo, ela parou o cafuné e se levantou.

— Aonde vai?

Ela estava colocando sua roupa e ainda se mantinha em silêncio.

— Sam?

Vi ela caminhar em direção a porta e abrir, mas antes de sair ela se virou e me disse.

— Apenas sexo Mon, sem sentimentos… não me peça isso.

Ela então saiu e me deixou para trás, tentei me levantar e colocar a roupa, mas eu não conseguia. Algo me mantinha parada.

“Apenas sexo.”

Não era apenas isso, ela sabia, eu sentia isso… ela não podia.
Quanto mais eu lutava para conseguir ir atrás dela mais eu era puxada para longe.
“Não… Sam por favor…”
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 — Não!

 Acordei com um puxão, meu corpo estava suando e meu quarto era iluminado pelo sol que nascia. Minha cabeça doía e eu ainda não conseguia raciocinar o que acabou de acontecer.

Eu tinha que esquecer ela…

Me levantei e fui para o banho, eu esqueci de trocar de roupa ontem a noite e precisava me livrar desses pensamentos sobre ela.

 Deixei a roupa no cesto e entrei na água gelada, fazendo meu corpo se arrepiar e meu cérebro despertar, eu ainda tinha que falar com minha mãe, eu estava com saudades e ver como papa tava.

Sai do banho e coloquei um vestido leve, fiz meu cabelo e passei um gloss.

Era hora de enfrentar o dia.
 

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