*Sam
— Você foi infantil, por que agiu dessa forma?
Tee estava me dando um sermão sobre minha atitude de ontem. Sinceramente ela é minha amiga, deveria estar do meu lado não?
Mantive meus braços cruzados, já que ela pegou meu celular e me prendeu em sua casa para eu não ir trabalhar.
Tee andava de um lado para outro balançando os braços, às vezes ela parecia até mesmo uma mãe. Decidi não discutir com ela, não deveria me estressar com isso.
Eu ficaria longe de Mon por uns dias, isso não era o suficiente?
— Você ao menos está me escutando? - ela parou na minha frente e cruzou os braços também - Sam você é adulta, não pode continuar com essas atitudes, você ta machucando a Mon.
— ta ta, ta bom - queria acabar com isso quanto antes - O que quer que eu faça?
Me levantei ficando de frente com ela, eu estava nervosa com esse assunto, eu sabia que Mon estava magoada okay? Eu não tinha como fazer nada e só queria me aproximar dela.
— Você deveria ficar longe dela de vez.
“O quê?! Não mesmo.”
— não - tentei pegar meu celular de suas mãos, mas ela o afastou - Me devolve, não temos mais o que conversar Tee.
— Estou falando sério Sam, você só vai a machucar se ficar por perto.
Isso só poderia ser brincadeira.
Comecei a andar de um lado para o outro, minha cabeça estava começando a doer.
— Não vou deixar ela para você! - ela não ficaria com Mon.
— Esquece Sam, isso não é uma competição. - ela bufou - Impossível falar com você sendo tão infantil.
Tee deixou meu telefone na mesa e saiu da cozinha batendo os pés, me deixando para trás.
Eu decidi que sairia de lá, precisava trabalhar e arrumar um jeito de falar com Mon, não iria deixar de ver ela coisa nenhuma, principalmente agora.
Peguei minhas chaves e dirigi até a empresa.
Entrando no prédio fui recebida pelos funcionários, mas não perderia tempo com eles agora. Entrei direto na minha sala e busquei na ‘internet’:
" Como se reaproximar de sua namorada "
A ‘internet’ me daria algo de útil.
"Expresse o que você sente de forma aberta e direta.”
Inútil. Affs.
Fechei o notebook com força, minha dor de cabeça estava mais forte. Busquei pelo meu remédio, mas não achei, eu deveria ter deixado na casa de Tee e decidi que não voltaria para lá tão cedo.
Busquei pelas minhas chaves, eu iria sair para comprar o remédio e aproveitar para pegar um ar.
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*Sam - na farmácia.— Como não vendem mais!
Era o que me faltava, meu dia já estava ruim o suficiente.
— Senhora… desculpe, mas paramos de receber esse medicamento… - a voz daquele homem me irritava ainda mais. -Talvez…
O segurei pelo cangote, eu estava com tortura e sentia que iria cair a qualquer momento e ver ele desse jeito tão lamentável só aumentava minha dor.
— Senhora por favor me solte.
Senti sua voz ficando mais longe, minha vista começou a escurecer e quando pensei que cairia no chão, fui de encontro com um corpo pequeno e macio.
...
* MonEu só queria comprar uma pomada, mas como nada é simples na minha vida, encontrei Sam ameaçando um funcionário.
Ela era tão estúpida assim?!
Me aproximei para ajudar o homem, então Sam simplesmente caiu em cima de mim, literalmente.
Seu corpo se chocou com o meu me fazendo perder o equilíbrio e nos derrubou no chão.— Ai. - gemi de dor.
— Deus… você está bem senhorita?
O homem que antes estava atrás do balcão, agora me ajudava a tirar aquele peso morto de cima de mim.
— Sim sim... estou bem.
— Que bom! mas o que faremos com ela?
Ele a carregava, mas parecia ter medo de ter ela perto, ele com certeza não iria querer manter ela lá, mas o que diabos aconteceu com ela?
— Eu conheço ela, vou chamar um táxi e levar ela para o hospital.
Peguei meu telefone já chamando o veículo, mas vi o senhor exitar em me deixar levar ela.
— Ou podemos deixar ela aqui e…
— Não! - ele realmente tava assustado - Digo… um hospital é melhor para ela.
Ela ainda tinha esse efeito nas pessoas… era realmente estranho ver como um homem alto daquele jeito tinha medo daquela mulher.
— Okay, o táxi logo chega.
....
* Mon - Hospital
O Taxista me ajudou a colocar Sam em uma cadeira de rodas, ela acordou mas ainda estava grogue e falava nada com nada.
Ao fazer o cadastro dela disseram ser necessário que alguém ficasse no hospital para ajudá-la e comecei a ligar para as meninas, mas nenhuma atendeu, o que significa que eu seria essa pessoa a ficar.
“Fala sério…”
Revirei meus olhos e fui me sentar enquanto um médico levava ela para um dos quartos.
Liguei avisando papa que eu demoraria a voltar, mas decidi não contar o porquê.
Demorou um tempo até que eu recebesse alguma notícia e não gostei do que ouvi.
— Senhorita?
— Sim?
— A paciente vai ter que ficar em observação, você mesma que passará a noite como acompanhante?
“A NÃO! NÃO MESMO.”
— Vou ligar para uma amiga, me dê um minuto - sorri para a enfermeira e sai de lá.
Tentei ligar para todas as meninas e de novo nenhuma resposta, tentei até mesmo pedir para Nop, mas o mesmo disse estar ocupado e não poder ficar.
Suspirei fundo e voltei para onde a enfermeira estava.
— Sou eu mesma :).
“Sam você me paga.”
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Coisas do destino
FanfictionSam e Mon tiveram momentos bons é inegável isso, mas após muitas discussões por suas diferenças decidem dar um tempo. O destino seria capaz de uni-las novamente? Seriam oficialmente um casal agora? Em hiato