𝐉𝐞𝐟𝐟 𝐓𝐡𝐞 𝐊𝐢𝐥𝐥𝐞𝐫 - 𝐀 𝐇𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚

Capítulo 24

Madeleine

Dor.

Esses últimos dias não tem sido fácil para mim. Descobri uma gravidez indesejada e fui rejeitada pelo próprio pai do meu filho.
Quando Jeff me mandou embora de casa eu vi que minha vida não iria fazer mais sentido, não sem ele. Já havia me acostumado com sua presença, com a casa, com a louca rotina. Isso era estranho.
Eu sempre quis ir embora daquela casa, planejei várias vezes minha fuga.
Mas... Quando isso finalmente aconteceu eu não queria ir embora.
Aquelas grossas palavras para cima de mim não desgrudavam da minha mente, era horrível lembrar disso. Mesmo que eu tente esquecer só era isso que se passava na minha cabeça. A voz dele falando que nunca me amou doía muito em mim.

Ele nunca me amou.

Só teve amor da minha parte. Ele me iludiu da melhor (pior) maneira.

Agora eu estava sozinha nessa floresta, andando sem ter direção. Não sabia como sair desse lugar. Parecia um labirinto. Acho que voltei para esse mesmo lugar umas duas vezes. Estava arrepiada por conta do frio instalado na floresta. Às árvores balançavam por conta do vento e barulhos assustadores vinham de todos os lados.

Filho, agora era nós dois sozinhos. Sem mais ninguém conosco.

Estava com medo de algum animal selvagem aparecesse e me atacasse. Eu estava totalmente indefesa.

—Tudo bem com você moça? - ouço uma voz feminina por trás de mim. Em um pulo eu viro para sua frente. Ela se aproxima de mim.

—Não, não está nada bem comigo. Mais obrigada pela preocupação. - me viro e sigo andando em qualquer direção, para longe da desconhecida.

O que uma mulher estaria fazendo em uma floresta sozinha a noite?

—Deixa eu te ajudar. - ela se aproxima novamente de mim.

—Sabe como sair daqui? - pergunto a ela desconfiada.

—Sim, eu sei. Vamos por aqui. - ela me guia.

Andamos um grande percurso e finalmente estávamos na estrada.

—Você quer uma carona? Eu estou com meu carro aqui.

—Quero - aceito sua carona.

Pelo menos alguém está me tratando bem, mesmo que seja desconhecida.

Entro em seu carro.

—Eu sei que te conheci agora, mas... Seu rosto está muito pálido e sua boca está muito ressecada. Quer beber água para se hidratar?

—Quero sim.

Minha boca e garganta estavam bem seca por conta do frio.

—O que você estava fazendo dentro da floresta? Lá é muito perigoso. E também é proibido a entrada. Já ocorreram diversas mortes lá dentro. - ela me pergunta enquanto liga o carro.

—Ah... Eu... Eu estava caminhando como sempre faço de noite depois de sair do trabalho e então resolvi entrar na floresta por curiosidade. E você o que estava fazendo por lá?

—O mesmo que você, entrei por curiosidade. - ela dá um sorriso, um pouco estranho.

Ela me entrega a garrafa d'água. Bebo a água toda de dentro da garrafa.

Após alguns minutos meus olhos começam a se fechar contra minha vontade. Mesmo que eu tente mantê-los abertos eles se fecham totalmente e perco total consciência.

—Maravilha. - escuto de longe uma voz feminina logo uma risada.