Madeleine
Jeff estava diferente (ele havia mudado um pouco desde alguns meses que estive morando aqui). Só que agora ele voltou a ser o antigo Jeff que conheci quando me raptou naquela noite.
Saía de noite e só chegava de manhã (como de costume). Quando chegava -de não sei onde- comia e ia logo dormir, quando despertava de seu sono vinha a cozinha, almoçava e se deslocava para seu quarto novamente. As vezes quando eu ia para lá a porta estava trancada e ouvia alguns barulhos que não conseguia identificar o que era aquele som. Era como se estivessem abrindo e fechando portas e gavetas.
Quase não falava comigo e quando abria a boca para dizer algo, era sobre o que eu tinha feito de errado, me instruía a alguma nova tarefa, me dava ordens e regras para serem cumpridas corretamente. Me sentia uma verdadeira empregada dentro dessa casa.Me sentia a velha Madeleine que chegou nessa casa a meses atrás. Que só servia ao meu carcereiro e cumpria suas ordens sem nenhuma erro a ser feito para se manter viva e escapar da casa/cela que estava vivendo.
Eu me sentia (novamente) uma estranha dentro dessa casa.
Um robô programado para fazer tarefas e mais tarefas sem parar, sem descanso...Eu não aguentava mais viver...
No seu aniversário tinha preparado um jantar para nós, de um jeito simples, porém especial para a data. Tinha feito macarrão com bife (a comida que ele mais ama). Estava tudo tão gostoso. Acredito que ele tenha gostado da janta, mas não quis esboçar nenhuma reação. Apenas comeu e foi para o banheiro escovar os dentes e então foi dormir.
Eram 10:47 e ele não havia chegado. Sempre chegava entre 6 ou 7 horas da manhã.
Não me preocupei, pois ele era misterioso e qualquer mistério ou suspense relacionado a ele não era novidade nenhuma para mim.Continuei minhas tarefas tranquilamente sem nenhuma preocupação. Acordei mais cedo do que o normal só para terminar, o mais rápido possível, de cuidar da casa. Precisava de um descanso. Preciso cuidar de mim e da minha saúde, que com certeza estava bem precária.
Estive com febre na semana passada e não tomei nenhum remédio, pois não tinha em casa e nem o Jeff se prontificou de ir a uma farmácia comprar um simples medicamento para mim. Tive que arrumar essa casa sozinha e sem nenhuma força em meu corpo. Me recuperei por um milagre.15:48 marcava o relógio e nenhum sinal de Jeff. Não sabia onde ele estava, se estava bem, se estava com fome ou sono. Absolutamente nada!
Vários pensamentos negativos se apoderaram da minha mente.E se ele foi pego? Se a polícia prendeu ele? Se algum inimigo sequestrou ele?
E se... Jeff foi morto?Não, não pode ter acontecido isso. Chega desses pensamentos ruins. Ele só estava "atrasado", daqui a pouco ele está aí.
Eu espero...Deito em minha cama para descansar. Já havia terminado tudo e estava feliz por ter conseguido ter feito tudo na casa antes de anoitecer. Mesmo ter acordado cedo ainda me sentia cansada e esgotada.
Desperto após de ter tido um belo cochilo. Olho para o pequeno basculante que havia em meu quarto e percebo que o céu estava escuro, claramente estava de noite.
Me levanto e vou em direção a sala.
Será que Jeff havia chegado em casa e eu nem escutei?
Olho para o relógio que estava marcando 18:07.—Jeff! - grito por seu nome. Minha voz ecoa pela casa e não ouço nenhuma resposta.
Me dirijo a porta de seu quarto e chamo novamente por ele. —Jeff. - sem nenhuma resposta tento abrir a porta, minha missão é falhada pelo motivo que a porta de seu quarto estava trancada. Ele saiu e trancou a porta de seu quarto. Eu não tinha mais acesso ao seu quarto desde a última vez que tivemos relações. Eu nem entrava lá mais para limpar, e também evitava chegar perto desse quarto. Sei muito bem do que Jeff é capaz de fazer com aqueles que se intrometem em sua vida, ele mata friamente sem nenhum remorso.

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𝐉𝐞𝐟𝐟 𝐓𝐡𝐞 𝐊𝐢𝐥𝐥𝐞𝐫 - 𝐀 𝐇𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚
Fanfiction×Sinopse× 📖 Porque matar pessoas inocentes o deixava mais feliz? Matar com frieza seria uma boa opção para dissolver um passado obscuro? Porque não consegue liberar o perdão para aqueles que mais o amava? Jeff um menino rebelde e...