Avisos :: Fluff, Amigos para amantes, Sentimentos, Romance eventual, Negação de sentimentos, Outras marcas adicionais a serem adicionadas, Aguni é um idiota apaixonado, Fluff e Smut, Confissões de amor, Angst, Menções de lesão, Choro, Morte de personagem, feliz Final
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Aguni nunca foi homem de acreditar em coisas como reencarnação ou almas gêmeas. Ele mal acreditava em algo como um poder superior, sua fé permanecendo a mesma mesmo depois do 'milagre' que supostamente aconteceu com ele todos aqueles anos atrás.
Mas quando ele viu você – linda e brilhando sob o sol enquanto admirava as orquídeas em frente à sua floricultura – seu coração disparou e ele se perguntou, por um momento, se o destino e as vidas passadas e até mesmo Deus eram uma coisa.
Naquele momento, ele poderia jurar que te conhecia – que você significava algo para ele – por muitos, muitos anos. Como uma lembrança querida que ele havia esquecido.
E então você se virou e saiu antes mesmo que ele tivesse a chance de sair de seu estupor e se aproximar de você. Ele se amaldiçoou por dias, a mente cheia de pensamentos sobre o estranho familiar que ele nunca tinha visto antes em sua vida. Você não saiu da cabeça dele, mesmo quando ele tentou afastar tudo como um estranho déjà vu.
Para piorar as coisas, as mesmas músicas continuam tocando em sua cabeça. Músicas que ele nem ouviu desde a morte do amigo; algumas coisas são dolorosas demais para suportar. Mas ABBA e Queen tocam em sua cabeça como um disco quebrado, misturado com memórias falsas de alguém que ele não conhece.
É como se seu próprio cérebro estivesse tentando torturá-lo e ele não aguentasse mais.
Aguni respira fundo o ar frio da manhã enquanto caminha pelas ruas praticamente vazias de Tóquio. Ele decidiu abrir a loja hoje cedo; se ele não consegue dormir, é melhor trabalhar e tentar tirar a cabeça das coisas. Quem sabe, talvez a mulher apareça novamente. Ou é isso que ele espera, mesmo que não o diga em voz alta. Hoje é também o dia em que decidiu experimentar os tão famosos croissants da nova padaria que abriu ao fundo da rua da sua loja. Ele se pergunta a princípio se é muito cedo - mas as luzes estão acesas e a porta se abre quando ele tenta - então ele dá de ombros e entra, feliz pelo calor depois de sair no frio.
A primeira coisa que o atinge é o cheiro quente de pão fresco. O lugar não é muito grande, apenas uma sala aconchegante, de tamanho médio, decorada em tons terrosos de madeira e tijolos. Florzinhas vermelhas estão bem dispostas nas mesas, enquanto vários vasos de plantas pendem do teto em belos tons de verde, dando um ar rústico ao ambiente. Em exibição, há mais doces e pães do que ele viu em muito tempo, e ele fica com água na boca enquanto se pergunta o que pedir. "Hum, olá?" ele pergunta, percebendo que a loja está vazia. Ele olha para o relógio e depois para a placa na porta, imaginando se chegou muito cedo e a padaria ainda não abriu. Com um suspiro, ele percebe que a padaria só abre em meia hora – ele perdeu completamente a placa em negrito que diz FECHADO.
