- Eu vou embora Antony, ou você vai acabar atrás das grades!
- Angelina... Precisamos conversar, tem outra saída. - Antony se aproxima.
- Me dá só um motivo pra continuar me mantendo nesse lugar!- Começo a jogar verdades na cara dele.
Ao invés dele ficar furioso, ele não disse uma palavra.
- Um motivo! - Esbravejo.
Apenas abriu a porta e me deu espaço pra passar.
- Ninguém vai te impedir.
- Inacreditável. - Faço negação com a cabeça.
- Eu não posso te manter presa a vida toda, você tem razão. Antes eu pensei em te proteger por três dias, mas eu me apaixonei... Se quiser pode ir, mas sabendo que eu quero que você queira ficar... Casa comigo, eu quero que você seja a minha primeira dama.
Richarlison entrou no quarto com um buquê com cerca de 100 rosas vermelhas e o sorriso de sempre, Antony segurou minha mão e me olhou nos olhos, esperando por uma resposta.
- Eu...
Fui acordada pelo som do despertador!
Que droga de sonho! Eu não podia acreditar que sonhei com uma versão adorável do Antony nesse pouco tempo que cochilei, aposto que foi por tanto pensar em qual o assunto da conversa de hoje.
Bati na porta algumas vezes, e quase tive um desmaio quando vi o próprio... Não tenho pisicologico pra ele depois desse sonho.
- Onde tá o Paquetá? Vini? Neymar? Gabriel? Qualquer um que não seja você... - Rio de nervoso.
- Angelina, eles possuem folgas regulares, férias e décimo terceiro. - Ele estreita os olhos enquanto me julga - Se troca e vai tomar o café da manhã.
Pronto, só falta ele ter esquecido da conversa! Por mim a gente conversava o que tinha que conversar agora mesmo, mas não, ou ele esqueceu ou ele tá querendo fazer meus neurônios entrarem em colapso.
Quando fui trocar de roupa acabei escolhendo a camisa que Richarlison me deu de presente, quem diria, Angelina Ferrari vestindo uma camisa do São Paulo, tudo bem, é só porque é um presente do pombo, então por mera educação eu estou usando.
Depois de pronta abri a porta e desci as escadas, mas antes de virar para a cozinha uma cena no mínimo curiosa me chamou a atenção, Antony estava ajudando a criança de ontem a abrir vários presentes, e a criança pulava de alegria pela passagem do papai Noel.
- Quem é ele? - Pergunto por curiosidade.
Antony deixa a criança curtindo os presentes e se aproxima de mim.
- Meu filho, Lorenzo.
- Seu filho?! - Quase grito.
Isso atraiu a atenção do pequeno se aproximou e abraçou a perna do suposto pai, me encarando fixamente, ele é um neném tímido.
- Oi Lorenzo, eu sou a Angelina. - Me abaixo pra falar com ele.
A criança fitou o pai que piscou em resposta, em seguida saiu correndo e voltou segurando a miniatura de um carrinho de fórmula 1.
- Que lindo, você torce pra Mercedes? - Reparo nos detalhes, tinha até o número 44 gravado.
Ele me entregou o brinquedo e deu um sorriso, provavelmente esperando que eu brincasse com ele.
- Eu já volto. - Bagunço o cabelo do garotinho.
Fui pra cozinha já que estava morrendo de fome e o dono do morro me seguiu, mas apenas bebeu um copo d'água e me observou comer em silêncio por um tempo.
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Bad Boy | Antony Santos
FanfictionAntony é o dono do morro mais respeitado do Rio de Janeiro e Angelina uma estudante de jornalismo comum. Por destino ou coincidência, seus caminhos voltaram a se cruzar em um tiroteio em meio a cidade, e ele não pensou duas vezes antes de levar a ga...