CAPÍTULO DEZENOVE

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Alessandro Del Rei Martinelli

Meu irmão segurava Esther nos braços admirando a pequena.

— Então o nome dessa princesa é...?

— Esther.

— Uma pequena estrelinha. — Ele diz sorrindo para minha filha. — Por quê não conheci essa princesa antes? Não acredito que não levou ela para a Espanha, todos ficariam babando nela.

— Não quero ninguém babando na minha filha. E sabe porque não voltei para a Espanha — Respondo e seu semblante logo se torna sério.

— Ainda mão os perdoou?

— Nem passou tanto tempo assim.

— Se não me engano já vai fazer um ano. — Ele diz me entregando Esther.

— O tempo passa rápido. Não? — Pergunto sarcástico enquanto pegava minha filha.

— Sério? Não comece agora assim. — Ele diz tentando me dar um sermão.

— Vamos pular esse papo furado. Oque você veio fazer aqui? — Pergunto entregando Esther para Benjamin, que a pega e começa a balançar ela levemente nos braços.

— Eu preciso- na verdade eu não preciso, eu necessito da sua ajuda. — Ele diz e se vira começando a se afastar.

Olho para Benjamin, que me encarava da mesma forma. Confuso.

Eu não estava com um pressentimento bom, e eu não queria segui-lo.

Mas eu o segui, parando ao lado dele que observava o lago.

— Aconteceu muitas coisas esses meses. — Ele diz com um semblante triste.

— Sabe que não gosto de enrolação.

— Nossa irmã morreu. — Ele diz e eu solto um pequeno riso.

— Alguma coisa fizeram de bom.

— Era nossa irmã, Alex.

— Uma irmã que quase matou todos os membros da família.

— Isso não é culpa dela.

— Mas ela causou isso.

Ouço ele suspirar.

— Estamos entre a cruz e a espada.

— Oque vocês aprontaram?

— Não apontamos nada. Na verdade, estamos tentando proteger nossa família. — Fico confuso e logo ele explica — Os asiáticos fizeram uma proposta.

— Que seria?

— Uma aliança matrimonial.

— Com?

— Alguem da família principal.

— Que?

— Seria um de nos.

— Quem seria? — Pergunto, em relação a quem da nossa família iria se sacrificar.

— Um homem.

— Não estou falando disso idiota. — Respondo enquanto revira os olhos.

— Não me xinga.

— Isso não deveria nem ser qualificado como um insuto. — Falo o encarando com as sobrancelhas franzidas.

— O que você queria pergunta então?

— Quem vai se casar?

— Nosso irmão.

— Não!

— Sim. — Ele diz virando para me encarar.

— Não. Ele ainda é um adolescente, não vai casar.

— Ele aceitou.

— Ele não tem idade pra tomar decisões.

— Precisamos dar uma resposta em no máximo uma semana. Eu preciso que convença nossos pais a aceitarem também.

— Eu não vou fazer isso.

— Não temos escolha. Se não aceitarmos eles vão vim com tudo.

— Deixem que eles venham.

— Não podemos. Não queremos arriscar a vida de todas as crianças.

— E oferecer uma adolescente em troca, ano é certo!

— Ele não irá se casar agora, só quando estiver com vinte anos.

— E daí? Isso não justifica nada.

— Justifica que precisamos nos proteger. E eu preciso que você convença nossos pais, porque se isso não acontecer eles viram atrás de nós — Ele diz se virando para mim — E pode ter certeza, mesmo com você afastado ele vira até. Eles encontraram Benjamin e Esther, e ano queremos que isso aconteça. Então por favor, eu estou pedindo para você me ajudar nisso.

Ele implora. E minha mente se torna um redemoinho, muito bagunçado por sinal.

Olho para Benjamin e Esther.

Benjamin me encarou e logo seu olhar se tornou confuso. Eu não deveria estar com a melhor das caras naquele momento.

Suspiro me virando para Matteo.

— Está bem, eu ajudo.

FAZENDO DE TUDO PARA CONQUISTÁ-LO - OS MARTINELLI'S - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora