CAPÍTULO SETE

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Benjamin Davillier

Olho para ela receoso, quando o celular parou de tocar.

— Pai.

— Filha.

— Estou interessado em uma pessoa.

— E parece que essa pessoa está interessada no senhor. — Ela diz com um sorriso nos lábios.

— Eu não tenho tanta certeza... — Falo lembrando da personalidade de Alessandro.

— Qual é, pai. Essa pessoa está totalmente na sua, se não estivesse não lhe daria tantos presentes assim.

— Talvez seja só pela atração física.

— Muitas pessoas querem levar meu pai para cama, mas tô mundo é direto e não fica te dando presentes antes disso.

— Por quê eu te conto sobre a minha vida mesmo? — Pergunto confuso comigo mesmo.

— Eu faço parte da sua vida. E se não quiser conversar sobre isso agora, está tudo bem. Só não escolha uma pessoa babaca feito o Josh.

— Ele não era babaca.

— Sim, ele era. Só tinha um rostinho bonito e um corpo bonito, fora isso ele não era nada. Ainda me pergunto como pode ficar com aquele idiota.

— Tá bom, não vamos entrar neste rápido de conversa.

— Quando a mamãe descobrir, o senhor vai entrar nesse assunto querendo ou não.

— Você não vai conta para ela vai?

— Não sou x9. — Minha filha diz e eu a olho totalmente confuso.

— Hã? X9?

— Significa que não sou fofoqueira. Mas bem... eu vou fazer compras.

— Mas você já não tem roupas.

— Preciso de mais, e no Brasil não faz tanto frio então minhas roupas são extremamente pequenas para esse clima que faz aqui.

— Precisa de um cartão?

— Não, lembre que já estou crescida e tenho um emprego. Não gaste seu dinheiro comigo.

— Continua sendo o meu bebê.

— Até mais tarde, papai.

— Ainda tem a chave da casa?

— Nunca aonde sem ela. — Ela diz retirando do bolso um monte de chaves.

— Por quê tanta chave?

— O senhor precisa ir me vê um dia no Brasil, aí o senhor vai entender.

Ela diz pegando a bolsa e me dando um beijo na bochecha.

— Não esqueça de agradecer a quem lhe deu esses presentes, essa pessoa tem bom gosto.

Ela diz antes de sair e fecha a porta.

Pego-me sorrindo ao olhar para os presentes que estavam na minha frente.

— Até que você é fofo. — Falo colocando o cachecol na caixa novamente — E se você ouvisse isso com certeza iria querer me bater.

Falo soltando uma risada abafada. Levanto fechando todas as caixas e percebendo que tinha um que eu ainda não havia aberto. Ela estava em uma das caixas grandes, ela era de uma tamanho considerável.

Olhei a mesma, confuso antes de pegá-la e colocar sobre meu colo, a abrindo devagar e sorri vendo mais um bilhete sobre o papel dourado.

"Se quiser me encontrar vai precisar disso

FAZENDO DE TUDO PARA CONQUISTÁ-LO - OS MARTINELLI'S - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora