🃏CAPÍTULO 7🃏

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    Um dia radiante se desenhava, com um céu azul imaculado que se estendia até onde a vista alcançava. O sol brilhava intensamente. Apesar do calor que prometia aquecer o ambiente, havia uma sensação agradável no ar.

Aimi caminhava descontraída pelos arredores da praia, seu espírito leve e despreocupado. Seu destino era o quarto de Chishiya, onde se encontraria com ele e Kuina para discutir o plano que, mais do que uma estratégia, era uma questão de sobrevivência.

Ao chegar em frente ao quarto, Aimi simplesmente abriu a porta, sem bater. A surpresa que gerou em Kuina era evidente, e Chishiya ergueu uma sobrancelha, seus olhos se fixando na entrada abrupta da garota.

— Bater na porta faz bem. — Chishiya comentou, sua voz carregando um tom de reprovação leve.

Kuina soltou uma risada, enquanto a psiquiatra apenas esboçou um sorriso ladino, como se não se importasse com as convenções.

— É mesmo? Eu não sabia. — Aimi respondeu, um deboche suave na voz, enquanto se acomodava em uma das cadeiras da sacada. A luz do sol iluminava seu rosto, destacando seus traços enquanto ela se sentava ao lado do médico e da lutadora.

Ela apoiou os cotovelos na mesa, colocando o queixo sobre as mãos, e um sorrisinho sarcástico dançou em seus lábios. Aimi poderia jurar que viu um sorriso mínimo nos lábios de Chishiya, uma expressão rara.

— Bom, vamos direto ao ponto! — O médico disse, passando a mão pelos cabelos, seu tom de voz agora mais sóbrio. O clima de descontração rapidamente se dissipou, dando lugar à seriedade da situação que estavam prestes a enfrentar. — Usagi e Arisu são bons jogadores e serão bem úteis como iscas. — Ao ouvir isso, Kuina suspirou automaticamente, um misto de ansiedade e medo tomando conta dela. Apesar de sua hesitação, a lutadora não contestou; ela sabia que estava fazendo isso por sua própria sobrevivência.

— Bom, realmente, não é uma má ideia. Usagi provavelmente seguirá o Arisu por confiar nele. E, bem, Arisu pode ser inteligente, mas é facilmente manipulável. Não será difícil; só teremos que conversar com eles e convencê-los a confiar em nós. — A psiquiatra disse, ajeitando a postura e arrumando os cabelos de forma quase mecânica, um sinal de sua determinação.

— E como podemos convencê-los? — Kuina perguntou, seu tom confuso refletindo a complexidade da situação.

— Provavelmente não será difícil. Arisu parece ter síndrome de herói. — Chishiya respondeu, sua voz calma, enquanto Kurina acendia um cigarro, dando uma tragada profunda.

— É só dar um bom motivo, fazer parecer que 'se ele fizer isso, poderá salvar quem ele ama...' — Aimi disse, soltando a fumaça lentamente pela boca, como se as palavras fossem um sussurro que se dissipava no ar.

Por um momento, Kuina arregalou os olhos, alternando seu olhar entre Aimi e Chishiya, um frio na espinha ao perceber a frieza de ambos. Eles eram tão semelhantes que parecia assustador.

Feitos um para o outro, ela pensou, sentindo um misto de admiração e temor.

— Caramba, parece que estou falando com a mesma pessoa, e ao mesmo tempo não... — Kuina exclamou, levemente assustada. Tanto Chishiya quanto Aimi a olharam com uma sobrancelha levantada, intensificando a inquietação da lutadora. — Aí! Não falei? Iguais!! — Ela disse novamente, indignada, como se quisesse enfatizar a estranheza daquela situação.

I am the joker🃏 ~Alice In Bordenland~ Onde histórias criam vida. Descubra agora