♠️CAPÍTULO 1♠️

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    No céu, balões coloridos flutuavam, cada um deles um aviso, um sinal de que a segunda fase dos jogos estava prestes a começar. A cidade de Shibuya, vibrante e movimentada, agora parecia um cenário parado em uma expectativa angustiante, com a luz do sol já ultrapassando o meio-dia. No centro daquela agitação, cinco figuras se destacavam, visivelmente nervosas, enquanto esperavam.

— Os jogos ainda não começaram... — Arisu comentou pela primeira vez.

— Devem ter esquecido de apertar o botão de start — retrucou Chishiya, com um sorriso irônico, atraindo os olhares de seus companheiros. Aimi soltou uma risada nervosa, a leveza da situação se dissipando rapidamente.

— É sério que nem as regras vão explicar 'pra gente? — Kuina interpelou, sua expressão refletindo a inquietação crescente.

De repente, barulhos estranhos ecoaram ao longe.

— Shiiih, estão escutando isso? — A psiquiatra comentou, observando atentamente os arredores. Seu olhar estava fixo no horizonte, onde sombras pareciam se mover.

— Eu ouvi também — confirmou a alpinista, dando um passo em direção a Aimi, buscando um pouco de conforto na presença da amiga.

Logo, diversos carros começaram a aparecer com uma urgência incomum.

— São... da praia — murmurou Kuina, sua intuição aguda percebendo a estranheza na cena.

— O que estão fazendo aqui? — Arisu questionou, dirigindo-se a um dos motoristas que pararam abruptamente ao seu lado.

— Nós vimos os balões. Tem boatos de que a próxima fase vai começar... — o homem respondeu, mas sua voz foi interrompida pelo eco de tiros que ressoaram na área, criando uma tensão palpável.

O pânico tomou conta quando uma jovem, que estava falando anteriormente, foi atingida e caiu no chão, o olhar vazio refletindo a brutalidade da situação. Um homem ao lado dela também sucumbiu, suas últimas respirações entrecortadas pelos disparos.

— Um fuzil? Se protejam!! — gritou Chishiya, mantendo as mãos enfiadas nos bolsos, mas o tom de alerta em sua voz não deixou dúvidas sobre a gravidade do momento.

— SE ESCONDAM NOS CARROS!!! — um dos homens gritou, sua voz carregada de desespero, e o som dos tiros tornou-se ensurdecedor.

A cena se transformou em um turbilhão de gritos e explosões, alguns carros atingidos pelas balas se incendiando em chamas vorazes.

— É um fuzil antitanque, é completamente inútil se esconder dentro de um carro — comentou Chishiya, a adrenalina pulsando em suas veias.

Aimi, puxando a mão de Chishiya, começou a correr ao lado dele, seguindo o rastro de Kuina, Arisu e Usagi.

— O jogo já começou? — perguntou Usagi, a incredulidade evidente em sua voz.

— E as regras? — retrucou Kuina, um lampejo de desespero em seus olhos.

— Aparentemente não tem regras, é só matança pura! — respondeu Aimi, lançando um olhar nervoso para as amigas.

— Com esse fuzil dá 'pra abater um alvo a mil metros — Chishiya disse, sua mente focada nas possibilidades, fascinado pela arma.

— Vem 'cá meu querido, você é viciado em armas ou coisas do tipo? — indagou a psiquiatra, indignada, mas o médico apenas permaneceu em silêncio antes de responder.

— Talvez.

Mais tiros foram disparados, e uma nova onda de preocupação se espalhou entre eles.

— Desculpa atrapalhar o casal, mas esse outro som também é bem familiar... — Kuina alertou, seu olhar fixo no horizonte.

I am the joker🃏 ~Alice In Bordenland~ Onde histórias criam vida. Descubra agora