beautiful stranger

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sugestão de música :
beautiful Stranger - black atlass

Giovanna se assustou ao ouvir o estranho falando tão próximo a ela e com uma voz rouca. Deu um pulinho e pôs a mão no peito indicando o susto. Tinha certeza de que ele não estava ali, tinha observado a noite toda, e não o avistara por ali em momento algum. Ficou ainda mais chocada quando entendeu do que ele a tinha chamado. Ela estava acostumada a ser chamada assim, desde que Amora fez o favor de falar na frente da maioria dos funcionários da casa, não que ela achasse ruim, mas ele falando foi uma surpresa. Era certo de que ele frequentava a casa a um certo tempo, mas desde que ele chamou sua atenção, ela não o via interagindo com muitas pessoas, a não ser o barman e uma ou outra menina, que tentava uma aproximação, sem sucesso. Saber que ele conhecia esse apelido dela, deixava-a ainda mais intrigada, queria saber quem era aquele homem.

– Você me assustou. – Ela finalmente pronunciou algumas palavras a ele.

– Desculpe, não foi a intenção. – Ele falou olhando diretamente aos olhos dela, fazendo-a vacilar um pouco. – Alexandre. – Ele se apresentou e estendeu sua mão para cumprimenta-la. – É uma satisfação te conhecer. – Ele sorriu.

– Bom vê-lo por aqui hoje. – Respondeu indiferente e sem aperta-lhe a mão.

– Você tem me observado ali de cima? – Ele apontou para a sala de vidro.

– Apenas sei quem frequenta meu espaço. Não posso deixar qualquer um estar aqui. – Virou-se para o bar, tentando deixar sua curiosidade de lado. – Ele riu ao perceber que ela não queria muito papo.

– Tá ok. Eu vou fingir que acredito. – Ele se apoiou os cotovelos no bar e virou-se para o salão e tomou mais um gole de seu uísque.

Giovanna queria perguntar qual era a dele, e o porque dele saber sobre o apelido dela, e também o porque ele frequentava aquele lugar, sendo que nunca se envolveu com nenhuma garota, e o porque de ir religiosamente nos mesmos dias da semana. Em questão de segundos, a cabeça dela parecia que iria explodir de curiosidade e de criar tantas teorias para seus questionamentos. Vez ou outra ela o olhava pelo canto dos olhos, mas rapidamente desviava o olhar para ele não perceber.

– Sabia que se você perguntar, seja lá o que seja que queira me perguntar, eu posso responder? – Ele pendeu a cabeça para o lado, aproximando-se dela.

– Não tenho nada para perguntar. Estou apenas esperando minha bebida. – Ela continuou olhando para o bar.

– Então deixa eu te pagar um drink. – Ele recebeu a atenção dela e uma cara de reprovação. – O que foi?
– Você sabe que eu sou a dona, não sabe? – Ela falou de cara fechada.

– Isso não a impede de beber comigo. – Ele a olhou divertido, arrancando um riso anasalado da mulher a sua frente.

– Impede sim.

– Porque? – Ele retrucou.

– Porque eu não quero que achem que podem ter esse tipo de liberdade comigo, não cheguei aqui cedendo ou aceitando um drink de qualquer um. – Ela o respondeu olhando nos olhos fixamente. Ele se perdeu um pouco no olhar hipnotizante que lhe dera.

– Eu não vou me aproveitar de você, e eu não sou qualquer um.

– Eu jamais permitiria que isso acontecesse e para mim, você é sim.

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