I'm drowning

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sugestão de música :
I feel like I'm drowning - two feet


Alexandre entrou no banheiro e a viu dentro da banheira, imersa por água e espuma. Encostou-se na na parede e ficou observando-a.

— Estou esperando a massagem que você prometeu. — Ela o olhou por cima do ombro, fazendo uma cara de pidona.

Ele se aproximou e parou atrás dela, do lado de fora da banheira. Pegou um pouco do óleo que estava ali na bancada, derramou em suas mãos e as pousou nos ombros de Giovana, que gemeu imediatamente sentindo as mãos dele sobre sua pele.

Alexandre fazia pressão sobre os ombros dela, e deslizava delicadamente por seus braços. Habilmente massageava seus pescoço também. Giovanna estava completamente relaxada. Em todos os sentidos. Não só pela massagem, que diga-se de passagem, uma das melhores, e se fosse parar para pensar um pouco mais, ele era "um dos melhores" em muitas coisas. Estava totalmente relaxada em relação a ele também, sentia-se bem com ele ali, o que de certa forma também causava receio, mas naquele momento ela escolheu não pensar nas consequências ruins das suas escolhas.

— Eu acho que você vai acabar com dor na coluna, se continuar nessa posição. — Ela comentou com a voz rouca.

— E você tem uma sugestão melhor? — Ele perguntou com um sorriso de canto.

— Uhum. — Ela balançou a cabeça em afirmação.

— E qual seria?

— Entra aqui comigo. — Ela pendeu a cabeça para o lado, deixando o seu pescoço ainda mais a mostra.

— Você tem certeza ? — Ele perguntou com um pouco de receio.

— Vem logo. — Ela pediu manhosa. — Antes que eu mude de ideia.

Ele tirou a roupa rapidamente e entrou na banheira com ela. Sentou atrás dela, mantendo-a no meio de suas pernas e continuou a fazer a massagem.

— Você tem dedos mágicos sabia... — Ela falou com um sorrisinho malicioso no rosto, mas ele não conseguia ver.

— Giovanna... — Ele a repreendeu.

— O que foi ué ? Só tô te elogiando, não posso? Você faz uma massagem muito boa.

— Seus elogios com duplo sentido eu conheço bem. — Ela gargalhou.

— O que posso fazer? Gosto das suas mãos, principalmente quando estão trabalhando a meu favor.

Ele a puxou mais para si, o que a fez deitar em seu tronco. Alexandre deslizou as mãos para a barriga de Giovanna e subiu em direção aos seios. Começou a massagear ali, dando leve apertões. Ela encostou a cabeça no ombro dele, dando-o livre acesso ao seu pescoço, que imediatamente foi coberto por beijos molhados que ele deixa ali. Sua respiração já estava pesada, e seu corpo já ardia em desejo e excitação.

Passava uma corrente elétrica por todo o corpo de Giovanna, a medida em que sentia os dedos dele percorrendo sua pele. Ele levou sua mão direita para o meio das pernas dela, que gemeu forte com o toque.

— Ale...

— Eu adoro quando você geme meu nome assim.

— Eu... sinto que... vou explodir... a qualquer momento. — Ela falava pausadamente.

Ele mantinha os movimentos bem lentos, o que a deixava ainda mais excitada. Ela pôs sua mão sobre a dele, o incentivando a aumentar o ritmo. Ele levou sua mãos esquerda para o pescoço dela e deu uma leve enforcada ali.

— Tira a mão. Que eu sei muito bem como você gosta. — Ele rosnou no ouvido dela, fazendo-a soltar um gemido novamente.

Ela sentia seu coração acelerar cada vez mais, já prevendo e sentindo que explodiria em um orgasmo intenso. O que não aconteceu, pois Alexandre parou quando sentiu que ela já estava quase em seu ápice. Ela já tinha esse poder sobre ela, já a conhecia o suficiente para ditar as regras para o corpo dela. A tinha nas mãos, literalmente.

— Isso foi sacanagem. — Ela reclamou de cara feia e ainda ofegante. — Você vai me pagar.

Ele apenas sorriu e girou, fazendo com que ela ficasse de frente pra ele.

— Eu adoro te fazer gozar. — Ele a puxou para mais perto, fazendo com que seu membro, já rígido, encostasse na intimidade dela. Ela rebolou de leve, sentindo a excitação dele. — Mas, eu gosto mais ainda... quando eu posso fazer isso junto com você, porque posso ver cada mínima sensação que causo em você. — Ele falava olhando diretamente nos olhos dela. Sua expressão era carregada de desejo, tesão, paixão, ela não conseguiria decifrar.

Sem aviso prévio, ele a penetrou com força, arrancando um gemido, quase um grito, de Giovanna. Ele também gemeu. A sensação de preenchê-la sempre era indescritível, e mesmo já acostumados um com o outro, era diferente a cada vez.

Giovanna arfou sentindo cada vez mais pressão vindo dele. Enlaçou seus braços ao redor do pescoço dele, e jogou a cabeça para trás, e ele passou os braços na cintura dela. Alexandre aumentava o ritmo das estocadas, sabia que não iria durar muito mais tempo. Não era só o ato em si, tudo nela, a relação que mantinham, o deixava mais excitado, o desejo por ela sempre aumentava, era loucura, mas uma loucura que se encaixou muito bem na vida de ambos. Estavam quase em seus limites, quando ele a chamou.

— Olha pra mim. — Ela estava embriagada de desejo demais para raciocinar direito. — Gio. Olha pra mim. — Ele pediu novamente.

Ela colou sua testa na dele e conseguiu, por um milagre, abrir os olhos, e encara-lo diretamente. A boca entreaberta denunciava seu estado de delírio.

— Goza comigo. Eu quero olhar pra você, e quero que você olhe pra mim. Quero que você veja o que causa em mim. — Ele pediu sussurrando com a voz rouca de desejo.

E aquilo foi demais para ela. Mais algumas estocadas e os dois foram juntos ao céu e desceram queda livre ao inferno. Era sempre assim que se sentiam. Uma sensação que não conseguiam por em palavras, mas que se conseguissem expressar, seria exatamente assim.

Ficaram um tempo ali, deixando as respirações tomarem ritmo novamente, e os corações desacelerarem. Ela observou cada minúscula expressão dele. Já havia feito isso antes, adorava inclusive vê-lo gozando, mas ali foi diferente, nunca tinha observado-o quando estavam fazendo isso juntos.

Ele percebeu que ela estava com mil e um pensamentos passando pela sua mente naquele momento, talvez ponderando o próximo passo, ou próxima posição em que iriam transar. Ela era assim insaciável. E cada vez mais entregue a ele. Cada vez, indo mais fundo com aquela relação. Alexandre sentia que cada vez mais mergulhava num oceano profundo e escuro, sem ter ideia de onde chegaria, ou com o que teria que lutar para conseguir desbravar esses mares. E se, teria coragem, ou realmente quisesse desvendar todos os seus mistérios. Eram muitas dúvidas e perguntas sem resposta. E no fim de tudo, mesmo com tudo isso, ele ainda estava ali, e essa era a única certeza que tinha. De que iria ficar.

Ele sorriu para ela, mas ela mantinha uma expressão indecifrável no rosto. Foram segundos até ele entender o que realmente estava se passando pela cabeça dela naquele momento.

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