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sugestão de música :
like u - rosenfeld



Giovanna subiu direto para sua sala, tão rápido que não deu tempo das amigas a abordarem para perguntar sobre o homem com quem conversava. Rapidamente trancou a porta e colocou o ar condicionado na menor temperatura disponível. Sentia seu corpo queimar. Serviu-se de um copo com água gelado e sentou em uma das poltronas à frente de sua mesa.

— Meu Deus, o que foi isso?! — Indagou a si mesma. — Quem é você Alexandre?

Os pensamentos foram longe tentando desvendar o misterioso homem que a abordara nessa noite. Criou mil e um cenários possíveis, desde os mais simples, até uns bem elaborados, porém independente de qual seria o cenário, ou quem era aquele homem, a única certeza que tinha, era a de que ele conseguiu despertar nela a sede pelo novo, a vontade de descobrir quaisquer que fossem os enigmas. Ele acordou o desejo dela, o fogo pela caçada, que a muito, ninguém conseguia. Ela sempre fora muito fechada, quase nulas foram as vezes que ela se envolveu com um cliente de sua casa, não gostava de misturar o pessoal com o profissional, geralmente, essa é a receita para o fracasso. Mas ele era diferente, tinha algo intrigante naqueles olhos castanhos, e ela não via a hora de desvendar.

-

Ainda no salão da casa, Alexandre continuava estava sentado no mesmo lugar de antes. Observou Giovanna sair em disparada para a sua sala, como o diabo fugindo da cruz. Não imaginou que a afetaria tanto, e tampouco que ela o afetaria ainda mais, estava completamente atordoado, ainda conseguia sentir o cheiro marcante do perfume dela em suas narinas. Estava ainda mais encantado. Ele imaginou que ela seria incrível, mas não que seria aquilo tudo.

•Flashback•

Cerca de um mês atrás, em uma quinta feira, Alexandre estava terminando seu bloco gravações noturnas, quando resolveu que iria espairecer um pouco. Estava cansado, mas a muito tempo, Rodrigo vinha insistindo para que eles saíssem um pouco para se divertir, então essa seria uma hora oportuna.

— Ei canalha, vamos sair hoje. — Ele teve a atenção do amigo.

— Agora sim, o Nero que eu conheço. — O mais alto animou-se com o convite.

— Tem algum lugar em mente?

— Claro que sim! Tem um lugar especial. — Rodrigo sorriu sugestivo.

— Lá vem você querendo me levar pra cabaré. Olha não sei o porque de eu ainda ser teu amigo. — Nero revirou os olhos.

— Ei! Cabaré não! Casa noturna. E muito respeitada. — O amigo defendeu-se.

— Rodrigo você tá me chamando pra ir num cabaré e tá dizendo que é uma "casa de respeito", não, sinceramente! — Alexandre sorria irônico.

— Pra você que não sabe, existem muitas casas como essa tá ? E realmente tem um atendimento especial, diferenciado, exclusivo e o melhor de tudo sigiloso. E, sim! É um trabalho bem sério, porque eles cuidam uns dos outros ali. — Rodrigo explicava pacientemente ao amigo.

— Como é que você tá sabendo tanto assim heim? A quanto tempo que você tá frequentando esse tipo de lugar? — Ele indagou um pouco incrédulo.

— Ah, não faz muito tempo! E depois que descobri esse lugar, só tenho ido lá. Vamos! Não precisa ficar com ninguém, vamos só beber, para você conhecer. Tenho certeza de que vai gostar também.

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