first

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sugestão de música : first - SoMo


Giovanna chegou a casa por volta das 21:40h e foi direto para sua sala de vidro, por um acesso exclusivo, evitando passar pelo salão e subir as escadas, não queria ser vista por ninguém. Chegou em sua sala e deixou suas coisas em cima de um sofá orgânico branco que tinha ali e foi até sua adega pegar uma garrafa de vinho. Serviu-se e ficou observando o movimento lá embaixo. Ainda era cedo, então havia poucos clientes, e o show ainda não havia começado, tocava uma música tranquila no ambiente, e os garçons circulavam pelas mesas, oferencendo drinks e alguns petiscos. Giovanna sentou-se em sua cadeira e apoiou a taça na mesa. Remexeu em alguns papéis, mas sem muita importância. Deixou-os de lado e começou a andar pela sala. Estava impaciente e um pouco nervosa. A tempos não fazia isso, e ainda por cima, dentro de sua própria casa. É fato que estivera com outros homens, mas sempre fora do ambiente de trabalho. Estava apreensiva com a situação. Odiava a ideia de acharem que ela poderia ser de qualquer um ali. Ela não era. Na verdade era a que mais estava longe de ser.

Todos a queriam, mas ninguém poderia a ter, a não ser que ela o quisesse de volta.

Serviu-se novamente, enchendo um pouco mais a taça e ouviu a trava de sua porta sendo disparada.

— Misericórdia! Quando ele te ver, vai infartar na hora. — Amora comentou, arrancando um sorriso tímido da amiga.

— Para com isso! Eu tô normal.

— Giovanna, você está tudo. Menos normal. E para quem não queria nada hein... imagina se quisesse...

— Ai Amora, você me cansa sabia! — A morena revirou os olhos.

— Ué gente?! Foi você mesma que disse que não ia falar com ele e coisa e tal, e vem desse jeito? Tá estampado na sua testa assim "me come por favor" — Ela gesticulava apontando para o rosto da amiga.

— Você é inacreditável sabia?! Não sei pra que topei isso!

— Porque você está tão curiosa, quanto a gente. E digo mais! Tá querendo dar pra ele sim, que eu sei. — A loira começou a rir da cara de incredulidade da amiga.

— Amora, tchau! — Giovanna começou a empurrar a amiga para fora da sala. — Vai trabalhar, que isso aqui daqui a pouco fica cheio. Vai, vai, anda!

— Eu vou, eu vou! — Ela falando aos risos. — Mas antes de ir... — Ela virou-se para Gio. — Reservei a mesa da varanda para vocês. Exclusividade e descrição, ninguém vai incomodar vocês lá. — Deu uma piscada, e saiu da sala.

— Essa daí não existe mesmo! — Falou para si mesma.

Amora era assim. Um acontecimento. Seguido de um conforto. Ela sabia que Giovanna estava nervosa e que não gostava de estar sendo exposta e esse foi o jeito que encontrou de tentar relaxar a amiga. Pegou sua taça de vinho novamente e começou a ingerir o líquido. Já estava quase finalizando a garrafa e sentia seu corpo bem mais leve. Tinha alcançado seu objetivo.

Já passavam das 23:00h quando ela o viu chegando. Estava com o cabelo mais curto um pouco, mas não muito. Vestia uma camisa polo preta, o que ressaltava os músculos do braço, uma calça social cinza claro e um tênis branco. Giovanna suspirou. Ele estava lindo, e isso mexeu um pouco com a cabeça dela. Ficou um tempo observando os movimentos dele através do vidro. Ele foi ao bar, como de costume, pediu uma dose de uísque, como de costume, e ficou observando o movimento. Uma menina chegou perto dele e ofereceu companhia. Giovanna olhou torto para a cena. Não era ciúmes, mas ela ficou desconfortável ao ver. Ele recusou obviamente, mas ainda sim, foi um incômodo para ela.

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