Capítulo 26

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Steve Roger's Pov's

Escuto o barulho da portas dos fundos sendo aberta,passo as mãos no rosto e levanto a cabeça. Natasha olha para mim e vem na minha direção,ela sobe as escadas e senta ao meu lado.

– Está tudo bem? – Faço positivo com a cabeça – Não precisa me contar oque vocês conversaram,eu sei que é bem pessoal

Fico em silêncio. Não me importo de dividir as coisas com Natasha,confio nela,mas não quero encher sua cabeça com meus problemas. E oque passou fica no passado,Peggy está seguindo sua vida e também vou seguir a minha. Natasha olha para o cartão na minha mão e depois para mim.

– Steve, se quer ficar sentado aqui em silêncio e quiser que eu fique,eu ficarei,mas se sentir vontade de desabafar e pedir apenas para que eu escute,eu escutarei – Ela toca meu ombro

Suspiro. Guardo o cartão no bolso da calça e volto a olhar para frente.

– Ela só veio pedir desculpas por ter me culpado pela morte dele. A conversa foi boa,ela vai se casar e tem um bebê que curiosamente se chama Steve

Natasha fica em silêncio.

– Foi bom ouvir oque ela disse,me senti mais leve,mas nada vai tirar a culpa das minhas costas. Mesmo que Peggy e sua família achem que eu não tenho culpa,sempre vou me sentir culpado – Suspiro – Talvez se nós não tivéssemos brigados ele estaria aqui,acho que eu seria um bom pai

Nat segura minha mão e acaricia.

– Eu,Peggy,Mason, todos sabem que você seria um ótimo pai. Não se culpe por algo que não estava no seu controle,foi um acidente

Olho para ela.

– Perdoe a si mesmo,Steve. A dor sempre vai existir e só você sabe o tamanho dela,mas quando você segue a vida essa dor se torna mais suportável e você passa a conviver com ela e os momentos bons

Ela tem razão. Se você vive apenas por causa daquela dor a vida perde o sentido e você se torna uma pessoa triste e amargurada. Mas se você segue enfrente,passa a ver o lado bom das coisas e constrói uma nova história que não anula a dor, só torna ela mais suportável.

– Você deveria ser psicóloga

– Prefiro ser sua ajudante – Ela sorri – Espero ter ajudado, não sou muito boa com conselhos

– Não é tanto quanto eu,mas serve – Ela da um tapinha no meu ombro – Se quiser ir pra casa,pode ir

– Óbvio que não,meu expediente não acabou – Ela fica de pé e estica a mão para mim

Seguro sua mão e fico  de pé,Natasha me puxa para um abraço bem apertado. Escondo o rosto na curvatura do seu pescoço como sempre faço,apenas para sentir seu cheiro.

– Obrigada – Digo com a voz meio abafada

– Pelo oque?

– Por voltar para minha vida e me mostrar que dá para tornar a dor uma coisa suportável

– Já que estamos agradecendo,obrigada por me mostrar como eu mereço ser tratada

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