Refém

Capítulo 10

Natasha Romanoff Pov's

Visto o sobretudo preto e vou até o espelho. Nunca achei que iria para um velório, principalmente do meu pai. Quase não dormi durante a noite,tudo que passei com ele ficou reprisando na minha cabeça,acho que foi a forma do meu subconsciente me convencer a não ir pro velório,mas não posso fazer isso com Zoë e minha mãe.

Falei com Harry assim que acordei, ele me disse coisas bonitas,oque fez eu me sentir melhor e desejou boa sorte, além de ter falado que queria estar aqui comigo. Mandei mensagem para Zoë e ela disse que estava bem e passou o endereço do lugar.

Passo os dedos entre os cabelos,pego um gloss na penteadeira e passo nos lábios. Meu celular apita,pego, desbloqueio e vejo que é uma mensagem de Steve.

Steve: Bom dia,pimentinha
Steve: Você está bem?
Steve: Se quiser posso ir ao velório com você, só tenho que ir no restaurante a tarde

Sorrio. Que fofo ele se oferecendo pra ir comigo.

Eu: Bom dia
Eu:Obrigada,mas não precisa,tenho que encarar isso sozinha
Eu: Boa sorte no restaurante,tenha um bom dia
Steve: Obrigado. Boa sorte lá,se precisar sabe pra onde correr :)
Eu: ;) ❤️

Coloco o celular na bolsa,passo um pouco de perfume,saio do quarto,coloco um pouco de água nas flores que Steve me deu e cheiro elas. Pego as chaves do carro e saio do apartamento.

•    •    •

Estaciono o carro na frente do cemitério,tiro o cinto e respiro fundo. Olho para dentro do lugar e vejo que mais ao fundo tem algumas pessoas. Pego a bolsa,saio do carro,fecho a porta e entro no lugar. Vou caminhando lentamente até o grupo de pessoas.

Meu coração está muito acelerado e minhas mãos suando. Estou mal, não posso negar que tô triste,meu pai morreu e ele fazia parte de mim,querendo ou não. Me sinto pior ainda por não ter me despedido dele,como Zoë pediu. Mas uma parte de mim  está tranquila por saber que ele nunca mais vai poder machucar uma mulher.

Minha mãe me vê, ela sai de perto de Zoë e caminha na minha direção,assim que chegamos perto nos abraçamos.

– Achei que não viria

– Ele é meu pai, querendo ou não – Nos separamos do abraço e seguro suas mãos – Você tá bem?

– Tô. Sei que fiz minha parte como mãe e esposa,estou tranquila. E você?

– Me sinto culpada por não ter me despedido dele, Zoë pediu e eu sabia que ele poderia ir a qualquer momento

– Não se sinta assim, filha, você amou seu pai por anos e ele sabia que tinha te magoado – Ela acaricia minhas mãos – Vamos

Seguro sua mão com força e vamos até o grupo de pessoas. Há um padre rezando  e ao lado um totem que deve ser dedicado as pessoas que querem fazer um discurso. Vou até Zoë e abraço ela.

– Sinto muito,maninha – Acaricio seus cabelos

– Tô feliz que você veio – Nos separamos do abraço e percebo que ela havia chorado bastante – Ele também estaria feliz