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Eu fiquei mal de quarta até sexta-feira. Pela primeira vez na minha vida sentia que não tinha chão. Saí do trabalho e não tinha vontade de fazer nada. Nem sair, conversar ou me divertir.

Assim, saí do trabalho e fui para o único lugar que era uma referência para mim, a casa onde fui criado, com minha família.

Liguei avisando e minha me esperou para jantar. Quando cheguei, com a gravata do terno solta, desanimado e cabisbaixo, ela me fitou horrorizada.

- O que é isso? Que aparência é essa?

- Estou cansado.- Aproximei-me de onde estava, de pé entre as portas abertas dos fundos, observando o jardim. Beijei o alto de sua cabeça. Meu pai não estava em casa e Marian já havia voltado para Londres.

- Cansado? Ou está com saudade da Amber?- Puxo meus cabelos.- Sebastian?

- É mãe, estou sim.- falo sem paciência.- Eu não sei mais o aue fazer. Vou desistir!- Ela me encara.

- Você nunca foi de desistir, e você não está me ajudando. Me diga p que ouve entre vocês?- Fecho minha mão uma na outra, preparado para contar.

- Eu a traí.- Sua expressão muda totalmente.- Por isso ela não me quer de volta.

- Sebastian, o que fez para ela foi muito errado. Estou descepcionada com você.- Seu ar de descepção deixa transparecer. Além de ter magoado Amber, magoei minha mãe també.

Amber

Eu havia marcado uma consulta para a ginecológista. E Nancy veio junto.

- Como é a sensação?

- É engraçado, pois a única coisa diferente que comecei a sentir agora são os seios doloridos. No entanto, não sei se é psicológico,
mas Má sinto o bebê dentro de mim,

- Mexendo?- Fitou-me surpresa.

- Não!- Eu ri. - Sinto algo diferente e sei que é ele. Parece que me faz ficar mais forte também.

- É o instinto materno. - Ela brincou.- Já pensou em nomes?

- Alguns.- As vezes fico acordada a noite imaginando se é menina ou menino. Mas tem uma coisa que já decidi.

- O quê?- SeJurei sua mão e a apertei. Sentada no banco do canto no ônibus, virei um pouco para olhá-la.

- Queria saber se você e o Jared aceitam ser os padrinhos dele.- Nancy me olhava fixamente.

- Tem certeza?- Murmurou.

- Quem mais poderia ser? Quem é minha amiga e minha irmã? Claro que tenho certeza.

- Amber!- Disse alto, eufórica, me agarrando e enchendo de beijos enquanto algumas pessoas no ônibus nos olhavam e eu ria.- É claro que quero. Meu Deus, vou ser uma dinda!
Jared vai amar!

Ficamos fazendo planos e então descemos do ônibus. Meu carro estava com meu pai no conserto. Enquanto caminhávamos lado a lado, seguindo para o consultório, eu tive que perguntar:

- Jared tem notícias do...do Sebastian- Digo amargurada, lembrando da noite em que nos encontramos.

- Só que ele não anda bem.- Ela aperta a boca.- Bem feito.

O consultório ficava no terceiro andar de um prédio grande e novo. Era bonito, agradável e vi duas grávidas com barrigão, perto de outras mulheres que aguardavam a consulta. Senti
um misto de emoção e ansiedade ao saber que logo eu estaria da mesma forma, sentindo meu
filho se mexer dentro de mim.

Apresentei os documentos á recepcionista, que depois nos mandou esperar até ser chamada. Um das grávidas entrou com a mãe e saiu toda sorridente. Ouvi quando disse á recepcionista:

Simplesmente AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora