É assim que acaba?

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- Eu adorei nosso dia, exceto a parte em que você disse que não me amava. - Disse Soraya com a cabeça sobre a barriga de Simone.

- Eu não disse que não te amava. - A morena acariciava os fios loiros.

- Mas também não disse que amava. - Rebateu a estudante.

- Espera um pouco... - A professora se sentou e Soraya fez o mesmo, ficando frente a frente com ela.

Ela retirou o colar dourado que usava com suas iniciais nada discretas e colocou no pescoço de Soraya.

- Meu pai me deu esse colar quando eu me formei. - Olhou para o colar como se mil lembranças passassem por sua cabeça e em seguida olhou para a aluna, sorrindo de forma carinhosa.

- E por que colocou em mim? - Perguntou confusa.

- É seu. Pra você nunca se esquecer de mim. Sei que nossas iniciais são as mesmas, o que é ainda melhor. Você pode usar sem problemas. - Ela riu.

- Mas seu pai te deu, Simone. E eu não esqueço de você. Nunca em momento algum. Não posso aceitar o colar... - Soraya tentou retirar o colar contudo Tebet a parou pegando suas mãos.

- É seu. Por favor aceite. - Simone a olhou profundamente. Aquilo parecia ser muito importante pra ela e Soraya percebeu.

- Tudo bem, meu amor. - Thronicke retirou as mãos do colar e beijou brevemente os lábios da professora.
As duas deitaram novamente e não demoraram a adormecer.

A semana de ambas foi muito corrida. Nenhuma conseguiu muito tempo para a outra. Estavam prestes a entrar de férias e basicamente só se viram na sala de aula e no julgamento da estudante Fernanda, tudo muito formalmente.

-

O fim do semestre enfim havia chegado. Após o julgamento de Fernanda e a confirmação de que a jovem era portadora de um tipo de transtorno de personalidade que a levou a obsessão para com sua professora e as duas tentativas de homicídio, a estudante foi absolvida de seus crimes e levada para um hospital psiquiátrico onde receberia o tratamento adequado.
Soraya não ficou muito contente com aquilo, pra ela era tudo uma forma de escapar da sentença, porém ela seguiu com sua vida. A semana correu normalmente.

Era sexta-feira, Simone passeava somente de calcinha pelo quarto a procura de uma roupa adequada para um último dia de aula antes do recesso.

Ela não queria algo que impressionasse a todos, queria impressionar alguém em particular, e apesar de ser o tipo de pessoa que pega a primeira peça de roupa que lhe aparece, nesse dia em especial ela procurava algo diferente. Sexy sem ser vulgar mais precisamente.

"Ela gosta de terninho" - Pensava a professora.

"Mas também gostou do vestido azul" - Simone retirava todas as roupas do closet como uma adolescente indecisa.

- Está pronta meu amor? - Eduardo entrou no quarto vestido em seu terno e com uma pasta em mãos e arregalou os olhos quando viu a esposa somente de calcinha. Há tempos não a via daquela forma já que Simone procurava todos os meios de fugir das intimidades de casal.

- Não! Não estou. - Simone pegou uma peça de roupa qualquer e cobriu os seios assustada com a forma como Eduardo entrou.

- Uau! - Ele jogou a pasta em cima da cama sorridente.

- Pode me dar licença? Preciso terminar de me vestir... - Pediu tentando não parecer grossa.

- Mas você não pode se vestir comigo aqui? Somos casados. Qual o problema? - Questionou o homem.

- Nenhum... é só que eu queria um pouco de privacidade. Por favor... - Ela quase implorou.

- Tudo bem... - Eduardo se aproximou da esposa e segurou em sua cintura lhe puxando para um beijo. - Estou esperando lá embaixo. - Ele deslizou a mão até a bunda de Simone fazendo-a apertar os olhos como se pedisse ao universo pra que o homem se afastasse o mais rápido possível.

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