O carro acinzentado parou ao lado da calçada e saindo dele, o homem de pelo menos 1,80 abriu a porta ajeitando os óculos escuro, segurando o copo de café. Acenou de modo desleixado para os colegas, policiais que estavam parados com a típica pose de mãos na cintura, observando aquele homem. Seus olhares o julgavam. Ele passou as faixas amarelas entrando na mansão, coçou o nariz com o forte cheiro e resmungou.
— Bom dia detetive Barns. – o tom igualmente julgador veio do homem de terno. — Está atrasado.
— Yeap.
— E de ressaca.— Acertou de novo. – acenou Barns ajeitando os cabelos oleosos. — Já pensou em ser detetive? Tem um instinto, oh! Afiadíssimo!
— Cale a boca, além de sair merda, cheira a bar.
O detetive acompanhou o chefe com o olhar por trás dos óculos escuros, ergueu as sobrancelhas não se importando muito com tal comentário e logo deu um grande gole no café. O acompanhou para o próximo cômodo, a sala de jantar. Barns franziu o cenho e tirou os óculos finalmente, impressionado e horrorizado com a cena. A família morta, todas ao redor da mesa.
— Gostoso! – ironizou. — Não tem nada mais delicioso como o cheiro de café e miolos fritos pela manhã.
Aproximou-se analisando. Sete pessoas, a da ponta, o homem, um dos únicos que tinha a cabeça caída para trás do encosto da cadeira, a arma em sua mão indicava que supostamente havia matado os demais e a si logo depois. O detetive caminhou ao redor da mesa, observando as outras seis pessoas ali, a própria família.
— Alguém sobreviveu?
— Pelo que vimos a esposa dele tinha um bebê recém-nascido, mas, vasculhamos a casa inteira, ele não está aqui, pela carta que Leonard deixou provavelmente mandou para adoção, sei lá.— Leonard Noyer filho? Esse é o filho único do grande farmacêutico? –viu o chefe acenar. — Ryan... O mundo enlouqueceu?
— Se eu disser que o pai já sabe e pediu para não divulgar nada. – a reação de Barns foi rir alto. — É eu sei.
— Céus... Depois dos ataques a cinco anos esse lugar enlouqueceu a um ponto de nada fazer sentido.
— A carta deixada dizia que "não haveria lugar para se esconder", e é isso. – apontou. — A família inteira morta.
— Poupou apenas o bebê.
— É...— Que loucura é essa? – coçou atrás da cabeça e deu as costas saindo dali.
— Apesar dos indícios de suicídio e provavelmente uma grande paranoia, precisamos ir afundo, para ter certeza de que não foi um assassinato.
— Bom e se foi, o que ganhariam?
— Tem sempre alguém querendo alguma coisa Nero, vamos conversar com o pai dele depois, continuar analisando a cena do crime e juntar o máximo de informações. – acenou. — Está encarregado, então nada de sair para beber, entendeu?
VOCÊ ESTÁ LENDO
G.U.Y. - A Lei do Silêncio
Ficción General[+18] [Saga G.U.Y.] 2º Livro. Um legado foi deixado, ninguém jamais esquece dos feitos do Algoz, tanto que muitos tentam imitá-lo e tomar as rédeas dos negócios do "submundo". Mas, claramente, alguém já estava fazendo isso, o que chamou atenção dos...