— Senhor, posso perguntar por que não a matou? Já que era esse o objetivo?
— O objetivo era encontrá-la. – disse ele encarando o céu noturno.
— Mas, senhor... a cúpula.— Eu... – o interrompeu rapidamente e o encarou. — Eu mando na Cúpula, eu digo a eles tudo e como devem fazer as coisas.
— Deve protegê-los. O Artista está indo atrás dos últimos sucessores se isso acontecer...
— Eles deveriam aprender a se protegerem sozinhos. – alfinetou. — Pois foi exatamente esse descuido que criaram os Ceifeiros... Seres incapazes.— Senhor, mas...
— Mais uma palavra, e eu atiro na sua cabeça. – lhe deu as costas. — Ninguém se aproxima dela, entendido?— Sim, senhor.
— Liguem para a empresária da minha mãe, e diga que assumirei a empresa a partir de hoje.
O homem apenas acenou e o viu se distanciar.••♦••
[09hs00 da manhã, Toronto]
Natasha se levantou com um pouco de dor de cabeça, tinha pedido para o motorista levá-la direto para casa onde morava com Caleb. Então deveria estar sozinha, mas não foi o que aconteceu. Assim que cruzou a porta da cozinha encontrou Caleb, sentado, os cães estavam ao lado e provavelmente sua gata jogada no sofá.
— Ethan já te avisou?
— Me avisou assim que te deixou naquele hotel. – não havia emoção na frase, e isso não era um bom sinal.
— Caleb...
— Eu te disse para não fazer nada estupido.— Por que você se expos? É a sua regra número 1.
— Porque eu cometi um erro o qual por anos me alertei. – a fitou. — Nunca ter sentimentos por ninguém.
Ela abaixou a cabeça no mesmo instante, não tinha resposta.
— Eu cuidei, protegi você, queria que ficasse longe daqui e desse maníaco. Fiz o máximo que pude, e o que você me dá em troca? Decepção.
Aquelas palavras a atingiram como um tiro, ergueu o olhar desesperado em direção a ele. Mas, Caleb continuava sério, o olhar julgador.
"Você é uma decepção, Natasha, devia ter te abortado quando tive chance."
A voz da mãe voltou a mente tão alta.
"Inútil. Pare de chorar, ninguém se importa."— Por favor... você também não. – a voz falhou assim que as lágrimas encheram seus olhos. — Por favor...
— Natasha... – ele suspirou pesado com a reação. — Se acalme.
— Por favor! – a viu correr em sua direção e ajoelhou ao seu lado. — Por favor, Caleb, não me deixa, você também não!
— Levante. – pediu, mas ela não conseguiu, apenas soluçou. — Natasha, veja seu estado.
Ele soltou os ombros em desistência, segurou os braços dela a puxando para cima.
— Como acha que vai encarar sua mãe? Se é assim que reage? Como acha que vai enfrentar Trevor?
— E-eu não quero decepcionar você, por favor, me perdoe.
Caleb respirou fundo, a paciência aumentou durante aqueles anos, sem mencionar como mudou alguns métodos. Desculpar ou muito menos confortar alguém nunca teria acontecido no passado. Mas, quem ele quer enganar? Acabou de confessar que tem sentimentos, que gosta de Natasha. Isso o fez ter um certo afeto.
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G.U.Y. - A Lei do Silêncio
Ficción General[+18] [Saga G.U.Y.] 2º Livro. Um legado foi deixado, ninguém jamais esquece dos feitos do Algoz, tanto que muitos tentam imitá-lo e tomar as rédeas dos negócios do "submundo". Mas, claramente, alguém já estava fazendo isso, o que chamou atenção dos...