Sangue derramado

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Pulei em direção a Tristan, com meus dentes e minhas garras voltadas para seu pescoço, enquanto ele tirava suas presas para fora como forma de ameaça, mas no fundo, ele sabia que eu não iria parar, afinal de contas, ele já havia visto aquilo antes, quando viu que eu não iria recuar, ele colocou os braços na frente, como forma de defesa, eu mordi seu antebraço enquanto cravava minhas garras em seu peito, ele então começou a gritar.

- Entrem e matem esses dois, agora seus imprestáveis!

Os vampiros começaram a entrar, e quando Emory viu que eles iriam começar a atirar em mim, ela então deu o controle, voluntariamente para seu alter ego, era a primeira vez que ela fazia isso, e a primeira vez que estava disposta a arcar com tudo. Ela então se transformou em bruxa, e quando os vampiros entraram e miraram em minha cabeça, foram surpreendidos por Emory transformada, ela levantou a mão sobre os cinco que estavam entrando pela porta principal.

- Evanescent.

Após dizer as palavras, os vampiros saíram voando pela porta, sendo jogados com tanta força, que atravessaram as paredes dos prédios do outro lado da rua, morrendo instantaneamente, Tristan me jogou para longe, enquanto encarava Emory.

- Então esse é seu alter ego, conceda meu desejo bruxa.

- Eu? Conceder seu desejo? O único desejo que vou lhe conceder, é a tortura.

Ela disse, movimentando a mão para trás, e jogando Tristan em minha direção, eu agarrei o pescoço de Tristan, e comecei a morder e a arrastá-lo por todo o lugar, enquanto mais vampiros entraram, e começaram a atirar na direção de Emory, ela então levantou a mão, e todas as balas ficaram paradas em sua frente, paralisadas no ar.

- Vocês me fazem perder tempo.

Movendo a mão em um círculo, ela fez as balas se voltarem, na mesma direção dos atiradores, e com um gesto simples, ela fez as balas voltarem para os respectivos donos, só que dessa vez, as balas não entrariam nas armas novamente, mas sim em suas cabeças e corações, a verdade, era que Emory era uma bruxa poderosa de mais, ela só não aceitava que seu poder poderia colocar tanto sangue em suas mãos. Enquanto Emory se divertia matando vampiros, com feitiços e magias, eu me vingava de Tristan, por cada gota de sangue que ele já havia derramado, ele então conseguiu me jogar na parede, eu atravessei a parede e fui parar do lado de fora do bar, em plena luz do dia, para a minha sorte, estávamos em um beco de difícil acesso, atrás do bar, mas sendo sincero, eu nem estava me importando se iriam me ver transformado ou não.

- Aqui estamos nós de novo, não é Cole? Senti sua falta, senti falta dessa raiva, desse ódio.

Ele disse rindo, enquanto tentava andar em círculos em volta de mim, ele estava tão ferido, que nem mesmo seu processo de cura acelerado estava funcionando corretamente, ele andava em volta de mim, e eu o acompanhava, ele ria com dificuldade, enquanto tentava pegar fôlego.

- Sabe, como você está em frenesi vou te contar os planos que tenho para a sua namoradinha.

Eu parei, e por alguns segundos, foi como se eu não estivesse mais em frenesi, parecia, que a simples menção dela, me fazia voltar ao controle, como se ela tirasse minha raiva, como se fosse uma âncora, era como uma dose de calmante.

- Eu planejo levar sua namorada comigo, e fazer com que ela, obrigatoriamente me transforme em um híbrido, ou então, matá-la de vez, não acha incrível?

Voltei a rosnar, grunhir e mostrar os dentes, a calma que antes havia tomado conta de mim se esvaiu, tudo o que sobrará agora, era raiva, ódio, e desejo por vingança, parti para cima dele, e continuei o mordendo e o arranhando várias vezes, ele quase não tinha tempo de reação, e mesmo quando tinha, eu parecia não me importar. Emory saiu levitando pelo buraco da parede, que havia sido feito com meu próprio corpo, ela ainda estava transformada.

Crônicas de Lua & SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora