Eu olhei para os dois sem entender absolutamente nada, havia acabado de abaixar a guarda e declarar meus sentimentos, o que sinceramente, eu odiava fazer, e logo em seguida fui atacado pelo irmão da garota que eu gosto? Seria mais fácil enfrentar o Tristan de novo. Sam estava parado em minha frente encarando Emory, com uma cara de ódio, que chegava a me deixar em estado de alerta, embora ele tivesse devolvido o ataque dela, algo me cheirava estranho, a raiva e a agressividade dele, pareciam não serem para ela, de alguma forma, sabia que ele não machucaria ela.
- Então esse é o seu irmão? Perguntei para Emory.
- Sim, é sim, é o Sam. Ela respondeu enquanto encarava ele.
- Perfeito então, viu, eu disse que ia dar um jeito de achar ele...
Sam fez um movimento de zipper, e na mesma hora, minha boca se fechou sem possibilidade de se abrir novamente, ele me olhou com desgosto, voltou seus olhos para Emory, enquanto passava a mão pela cabeça.
- Eu te deixei em casa por quinze minutos, quinze, malditos minutos Emory, e quando volto descubro que foi levada ao invés de se defender, e agora esta andando com cachorros?
- Não fala assim dele Sam, e você sabe muito bem que não gosto de me transformar.
- Então deixaria alguém te matar, só porque não gosta que suas mãos fiquem sujas de sangue?
- E se eu disser que sim?
- Você não tem jeito mesmo, é inocente de mais para esse mundo de merda.
Mesmo que ele estivesse certo, aquilo me dava raiva, ele não precisava falar com ela desse jeito, já que eu não podia falar, me levantei e fiquei na frente dele, ficamos nos encarando, enquanto eu respirava fundo, e ele só olhava no fundo de meus olhos.
- O que foi cachorro? A conversa não é com você, é com minha irmã, sai da frente.
- Eu já mandei você parar de falar com ele assim Sam! - Emory respondeu com raiva.
- Ou então o que Emy?
- Respeite quem salvou a vida da sua irmã, ou vá embora como o papai e a mamãe.
- Esse vira-lata salvou sua vida?
- Salvou, três vezes.
Sam não disse nada em resposta, apenas a encarou por um tempo, e em seguida liberou o feitiço que havia feito, com apenas um gesto simples de mão, somente então, pude voltar a falar, eu passei a mão em minha boca, logo em seguida olhando para ele.
- Já vi que é casca grossa cachorro.
- Me chama de cachorro de novo, e vai se arrepender.
- Tente, e eu quebro suas costelas.
- Não antes que eu quebre pelo menos seu braço.
Emory entrou em nossa frente, colocando as mãos nos nossos peitos, e nos afastando, enquanto olhava para nós, acho que ela se perguntava quem atacaria primeiro.
- Tire as mãos de mim Emy. - Disse Sam, me encarando no fundo dos olhos.
- Dobre a língua para falar com ela imbecil. - Disse enquanto o encarava em resposta.
- Parem vocês dois! - Disse Emory.
Sam deu um tapa na mão dela, afastando-a, e começou a caminhar em minha direção, enquanto eu comecei a dar meu primeiro paço em direção a ele, Emory então fez suas mãos e olhos mudarem, enquanto nos encarou.
- Vocês vão parar de graça ou não? Estão parecendo duas crianças fazendo birra.
- O que pensa que vai fazer maninha?
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Crônicas de Lua & Sangue
TerrorCole, vivia sua vida ligeiramente tranquila em Nova Orleans, mas após cair nas garras do amor, sua vida se transformaria em uma batalha sangrenta. Agora, ele, junto com Emory, devem sobreviver, enquanto buscam provar que algumas lendas, são mais rea...