Oii!!!
Gostaria de dizer algumas coisas antes desse cap:1. Oq acharam da atualização na aba dos comentários? Achei o lance de poder curtir o comentário muito bom, porém as letras aparecem muito menores do q antes para mim ::'( e eu sou míope, oq torna tudo muito desconfortável.
2. Enfim. Agora, sobre o cap em si, esse é um tipo de capítulo complicado porque eu acabei tendo um pequeno bloqueio criativo durante ele, oq de certa forma atrapalhou o seu desenvolvimento, então ele não está da forma que eu gostaria que ficasse. Sem contar o fato de que estou terminando-o e postando-o às duas da manhã (mas espero que vocês gostem, de qualquer forma <3)
3. Escrevi esse capítulo inteiro escutando Brutally da Suki Waterhouse no repeat, então caso queira ter uma contextualização via música, fique à vontade :).
Bom, é isso, não se esqueçam de votar e comentar porque eu sempre esqueço de pedir.
Louis sentia a palma de suas mãos suando feito sorvetes esquecidos embaixo do sol.
Não conseguia compreender ou ordenar muitas coisas naquele momento. Não pensava no tempo que o separava do Louis de dezoito anos e do Harry de dezesseis, não pensava nos pequenos "novos" e nos incríveis "sempres" que ainda ornavam Harry — como seu cabelo, que não era mais longo como fora enquanto eles estavam juntos, como seus olhos que seriam eternamente verdes e brilhantes, como seu jeito admirador e imutável de olhá-lo
Não pensava em quem era aquela criança (Harry adotou uma criança como sempre sonhou? Harry teve algum relacionamento que resultou em uma filha? Eles eram bem parecidos, faria sentido.)
Não pensava no fato de realmente não ter ideia de que país estava, ou porquê estava ali, ou porquê Harry estava ali. Não pensava na facilidade que teve em simplesmente aceitar que diria tudo a ele, porque queria dizer, porque precisava dizer, e porque pela primeira vez em muito tempo Louis sentiu que poderia dizer tudo — tudo mesmo — e o ouviriam de verdade.
Então ele não dava a mínima sobre fingir que oito anos foram suficientes para construir a barreira de estranheza entre eles, que oito anos foram o bastante para que aquela intimidade cultivada cuidadosamente em um solo infértil, assimétrico e instável não existia mais (ou que havia se perdido tão facilmente). Louis ainda confiava em Harry mesmo virado do avesso, com carne e tripas e sangue e toda aquela coisa nojenta e bela que constitui o corpo humano.
Louis sentia que precisava dizer antes que as palavras o fechassem a garganta, empanturrando-o internamente até que não houvesse mais espaço, e ele explodisse.
— Me perdi, Harry. — repetiu, sacudindo as mãos ansiosamente, zanzando pelo banheiro espaçoso, sentando no chão como caiu na calçada na noite passada. — Não sei o que houve, quando houve… Sinto que em algum lugar perdi tudo de mim e nem reparei, só agora que me dou conta do que perdi. — Louis escondeu o rosto atrás das mãos. — Tudo estava tão perfeito. — disse, a voz embargada. — Eu tinha a vida perfeita, com o noivo perfeito, numa casa perfeita, com um emprego perfeito, um futuro perfeito. E eu simplesmente joguei tudo isso fora, do dia pra noite, de repente, sem razões; porque eu quis, porque eu sou um idiota fraco do caralho.
Louis soltou um suspiro alto.
— Eu simplesmente não aguento mais. Sinto que todos os dias têm sido iguais. Todo dia eu sinto que a mesma coisa está faltando. — disse, passando a mão pelo peito com pesar. — Eu não consigo chorar! Não consigo chorar, Harry! Nadanadanadanada. É como se eu estivesse vazio, oco, abandonado. Perdi tudo, até mesmo a capacidade de ser humano e de chorar. Me sinto na fase final, na linha de chegada, no limite do círculo, no fundo mais profundo do oceano, no fim. — Louis engoliu em seco, soluçando, as bochechas vermelhas. — Sinto que não há nada que possa me salvar. E é horrível. — Engoliu em seco, os olhos marejados perdidos no teto do banheiro. — Horrível porque agora eu desejo viver, sabe. Horrível porque eu aceitei que meus sonhos eram apenas sonhos. — Seus lábios tremeram. — Sabe, eu comecei a fazer faculdade de direito a alguns anos atrás. — E soltou um riso triste, como se contasse uma piada idiota; Harry não achou graça. — Eu não terminei a faculdade de música porque Nick disse que eu deveria achar algo que realmente funcionasse. Eu fiz advocacia porque Nick tem uma empresa de advocacia e seria fácil arrumar um emprego. Eu parei de cantar em bares porque me disseram que eu deveria dedicar todo o meu tempo livre aos estudos. Eu aceitei o pedido de Nick porque todos diziam que éramos um lindo casal. Eu consegui a vida perfeita, a melhor das vidas, e a joguei no lixo.

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Ever Since New York {l.s}
Fiksi Penggemar[Shortfic] Aquela onde Louis está sem rumo, andando pelas ruas escuras de um país qualquer, e pede ao Papai Noel por uma salvação. Ou. Aquela onde Harry luta todos os dias contra os fantasmas de uma vida passada, e acaba sendo a salvação de seu ant...