Capítulo 11

233 54 10
                                    

Anastasia

— Ok, Senhorita Jane, pronta para ir para casa? — a enfermeira murmura enquanto eu afivelo Jane em seu assento. O IV de antibióticos finalmente teve a infecção sob controle, o que baixou a febre. Depois de dois dias e noites sem dormir, eu estou mais do que animada para ir para casa.

— Eu diria que nós estamos, prontas, certo bebê? — pergunto retoricamente enquanto eu boto o cobertor em torno dela. Eu mal posso esperar pelo dia em que ela vai falar. Então eu não me sentirei tão boba tendo conversas unilaterais.

— Bem, que coisa boa que aquele pedaço de homem veio aqui, hein? — Ela me pergunta, olhando em volta da esquina.

Tento esconder minha diversão e rio silenciosamente.

— Sim, ele é um bom amigo.

— Oh, vocês não estão namorando? — Os olhos dela crescem e ela morde o lábio.

— Não. — eu digo lentamente e eu percebo que ela está caçando. Uma pontada de ciúme desperta no meu peito. Ele não é meu, mas no inferno que será dela. — Bem, não oficialmente. — Eu adiciono e me dou tapa mentalmente por isso.

Não há nenhuma razão que eu deveria estar me gabando sobre ele, mas algo dentro de mim não quer que ela o tenha. Ou que tenha uma chance com ele.

Eu estou indo para o inferno.

— Segure firme esse cara, porque com aquele gorro na cabeça e aquele sorriso... — Ela dá um tapa em sua boca, claramente constrangida com o que disse. — Sinto muito. Eu não sei o que deu em mim.

Colocando minha mão em seu braço, eu rio.

— Está tudo bem. Ele é fácil de olhar.

Ela dá uma risada curta. — Sim, você poderia dizer isso.

Antes que eu possa responder, Christian entra e dá um olhar compreensivo. Ele nos ouviu. Ótimo, isso vai ser divertido.

— Vocês meninas estão prontas para pegar a estrada? — pergunta ele com uma risada dissimulada.

Eu balanço a minha cabeça e mordo a minha língua.

— Eu poderia sair da sala, se vocês quiserem continuar falando sobre a minha gostosura. — Christian oferece e se senta na cadeira que ele dormiu duas noites consecutivas. Ele se recusou a sair do lado de Jane.

Eu ando mais e arranco o gorro da cabeça dele.

— Arrogância não combina com você, Grey. — O riso me escapa no modo como seu cabelo se destaca em várias direções. — Ninguém pensa que você está quente agora, amigo.

Ele se levanta e caminha para mim lentamente. Seu hálito morno banha meu pescoço enquanto ele se inclina e então só eu posso ouvir.

— Eu acho que nós dois sabemos que isso não é verdade. — O dedo de Christian desliza contra o meu braço e eu tremo. — Mas nós podemos fingir. — Lentamente seu dedo alcança minha mão e meu coração está acelerado. Gosto da sensação de suas mãos em mim mais do que eu deveria. Eu não posso explicar o que está acontecendo entre nós porque nunca foi assim. Tem sido sempre amizade.

Ele desloca para trás e arrebata o gorro da minha mão.

Eu olho pro lado e tento obter a minha respiração sob controle. Christian tenta fingir, mas eu vejo o desejo em seus olhos. Ele não está tão indiferente quanto ele tenta parecer, mas Christian é treinado para conter suas emoções.

Tudo bem, eu posso jogar esse jogo também.

Eu puxo meu cabelo sobre meu ombro e me inclino um pouco, dando-lhe um pequeno vislumbre da minha pele.

ConsolationOnde histórias criam vida. Descubra agora