Prólogo

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Oh, Chloe, se você quer nascer, por favor, espere até que seu pai esteja de volta.  — eu insisto, segurando minha barriga enquanto sinto outra contração me atingir. Eu aperto a cômoda e tento respirar através dela. Parece que elas estão vindo com mais frequência nos últimos dias. 

Uma vez que a contração passa, vou tentar terminar o que vim fazer. Jack está longe, mas eu quero o berçário pronto para que possamos aproveitar as últimas semanas quando ele retornar. Eu ando em torno do que será seu quarto, colocando mais alguns dos lindos vestidos rosa nas gavetas. Jack e eu discutimos sobre a vasta gama de coisas cor de rosa que agora estão espalhados ao redor da casa, ele detesta, eu adoro. 

Ele insistiu em pintar seu quarto em camuflagem. Marrom, verde e preto camuflagem para uma menina? Não. Eu quase entrei em trabalho de parto com este argumento. Cheguei em casa e ele e Mark foram tirando tudo das paredes. Eu atirei o que encontrei na minha frente em Mark, enquanto jogava ele para fora de casa. Meu marido descobriu pouco depois o quanto ele poderia sofrer em minhas mãos. Eu posso não ser um SEAL, mas ninguém mexe comigo também. No final, eu ganhei com paredes roxas e a enorme rede em torno de seu berço branco. 

— Papai vai adorar este quarto, Chloe. Eu não posso esperar para ver a cara dele quando ele ver as lindas borboletas. — Precisando de mais um intervalo, eu me sento na cadeira de balanço e esfrego meu estômago. Me acalma saber que ela está lá dentro. Eu posso protegê-la é o meu dever. Eu adoro estar grávida e é um milagre, sermos capazes de concebê-la. Eu já disse a Jack que quero tentar outro assim que ela nascer. 

Eu fecho meus olhos e permito que o mundo desapareça.Eu me imagino segurando-a em meus braços, aqui nesta cadeira, a acalmando e beijando. Imagino Jack com ela dormindo em seu peito ao ouvir o seu batimento cardíaco. Ela vai possuir seu mundo e tê-lo envolvido em torno dela. 

Toc, toc, toc. 

Ouço a porta, mas eu levo alguns segundos para sair da cadeira. 

 Toc, toc, toc. 

Eles batem mais alto desta vez. 

— Estou indo! — Eu grito para a porta. Nossa, me dê um segundo

Andar até a porta leva mais de um minuto desde que eu estou do tamanho de uma baleia. 

Eu abro a porta e vejo Mark Dixon, patrão e amigo próximo de Jack. Ele trabalha nas Forças de Segurança Cole com Jack e serviu com ele durante anos. Sua cabeça está baixa e quando ele olha para cima, seus olhos estão cheios de tristeza. 

— O que houve? 

— Ana. — ele engasga com uma sílaba do meu nome. A única que Jack usa. Algo definitivamente não está certo. 

— O que aconteceu? — Pergunto novamente enquanto começo a tremer.Lágrimas enchem seus olhos e eu sei. Eu sei que minha vida nunca mais será a mesma. Eu sei que tudo que eu mais temia está prestes a se tornar realidade, porque Mark não chora. Mark não estaria na minha porta, se algo não estivesse realmente errado. 

— É Jack. 

Meu coração para de bater e o mundo em que vivo deixa de existir. 

— Não. — eu imploro com lágrimas borrando minha visão e minha respiração acelerada.Isso não pode estar acontecendo.— Por favor, não faça, Mark. Por favor.  — Eu imploro de novo, porque uma vez que ele disser... Mas eu sei que é inútil. Não importa, porque ele não pode pará-lo. Já aconteceu.— Anastasia, eu sinto muito. 

As palavras mais temidas, aquelas que cada esposa de militar mais teme. Só que eu não deveria ter que me preocupar com isso, não mais. Estávamos feitos, tínhamos saído. Eu não deveria nunca temer isso de novo. 

Por favor, Deus, não o leve de mim. Por favor! 

— Mas, eu estou g-grávida. Eu vou ter um bebê. —eu gaguejo como se isso de alguma forma fizesse nada disso real. — Ele disse que estaria de volta. Ele disse que...— Eu paro, quando fica difícil de respirar. Minha mão voa para minha boca para abafar o grito prestes a escapar. Tudo fica sem cor.— Foi um IED. Eu sinto muito. — diz Mark enquanto seus olhos brilham com lágrimas não derramadas. Eu caio.Mas ele está lá, embalando-me em seus braços. —Eu estou tão triste.

 — Não. Não. Não. — Mark me segura enquanto eu soluço apertando meu estômago. — Você está mentindo. —Eu assobio, rasgando-me para fora de seu abraço. 

— Eu gostaria de estar. — diz ele, enquanto me esforço para me levantar.

 — Foi um erro. Nós vamos ter um bebê. Ele disse que era um simples entrar e sair! — Eu grito e jogo minhas mãos contra seu peito. — Você está mentindo! — Eu grito, mesmo sabendo que não é uma mentira. 

— Sinto muito. 

— Pare de dizer que você sente muito! — Minha tristeza se transforma em ódio. 

Eu o odeio. Eu odeio todos neste momento. Eu odeio Jack e todo mundo que estava lá. Odeio esta casa e tudo dentro dela. Eu odeio o ar que ele já não respira. 

O ódio me consome. O ódio me sufoca. 

 — Saia! — Eu grito e empurro seu peito. — Dê o fora da minha casa! Jack vai estar de volta em poucos dias e, em seguida, vamos nos preparar para o nascimento da nossa filha. 

— Por favor. — suplica Mark e eu me recuso a olhar para ele. Isso não está acontecendo porque Jack está vivo. Ele não está morto. Como Mark se atreve a mentir para mim.— Ele estará de volta. Ele não iria me deixar. Ele me prometeu. — Jack não mentiria para mim. Ele nunca faz. Quando ele partia para as missões, ele sempre dizia adeus como se pudesse ser o último. Mas desta vez ele beijou a ponta do meu nariz e disse: Não tenha esse bebê até eu voltar. 

— Posso chamar alguém? Sua mãe? 

— Não, você não pode chamar ninguém, porque ele não está morto! Vá buscá-lo, Mark! Vá buscar o meu marido e trazê-lo de volta para casa. — Eu dou um passo para trás e aponto o meu dedo para ele. — Vocês todos prometeram. Ele prometeu. — Eu agarro meu estômago quando uma forte dor irradia, mas não é nada em comparação com a agonia apertando o meu peito. Lágrimas rolam implacavelmente enquanto eu luto contra o seu abraço. — Ele prometeu. 

— Eu sei que ele fez. — diz Mark enquanto ele segura minha cabeça contra seu peito. 

 — Ele mentiu. 

Minha vida acabou.Meu coração está morto. 

Eu sou uma viúva aos vinte e sete anos.

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