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Eu sempre me considerei uma pessoa muito corajosa, mas quando minha campainha tocou às três da manhã em meio a um temporal cheio de trovões, confesso que minha alma quase deixou meu corpo por alguns segundos.

Me levantei enrolada no meu roupão e caminhei hesitante até a sala, ninguém nunca tocou minha campainha a essa hora, muito menos no meio de um temporal, só espero que não seja um assassino em série esperando sua próxima vitima abrir a porta para que ele possa entrar.

- EUNWOO!- Gritei com o susto que levei com o mais velho vestindo sua bata em minha porta, por um segundo achei que era uma assombração vestida de padre vindo me buscar pelos meus pecados.- O que faz aqui a essa hora? E todo molhado, vai pegar um resfriado.- O puxei para dentro fechando a porta atrás de mim.- Eunwoo, diga algo.- Ele estava encarando seus all stars e então me olhou com os olhos marejados.- Ei, o que houve?- Me aproximei tocando seu rosto.

- Eu não aguento mais, Sun, não posso mais viver assim.- Lágrimas rolaram pelo seu rosto.

- Do que você está falando? O que aconteceu?- O vi engolir em seco e em um gesto rápido me puxou colando nossos corpos.

- Eu vou para o inferno por isso.- Colou nossos lábios dando início a um beijo apressado.

Demorei uns segundos para reagir mas logo passei meus braços por seu pescoço o puxando mais para mim, minha mão se afundou nos cabelos macios da sua nuca e as suas desceram para a minha cintura, deixando um aperto forte na mesma, as mãos grande de Eunwoo logo foram até o nó do meu roupão o abrindo, ele tirou a peça de mim me deixando apenas de camisa e calcinha, me apressei em tirar sua bata e ele me impulsou para cima, passei minha pernas por sua cintura e ele caminhou até o meu quarto.

- Eunwoo.- Falei ofegante por ter seus lábios em meu pescoço.- Isso não é certo.

- Eu não me importo.- Seus lábios desceram pelo meu corpo e então um estrondo alto junto a um clarão foi ouvido do lado de fora e eu sobressaltei na cama assustada. - Aish que droga!- Esbravejei irritada e suada.- Por que eu continuo tendo essas drogas de sonhos.- Choraminguei já indo em direção ao banheiro, preciso de um banho gelado.

Depois de um longo banho, voltei para minha cama, mas após passar longos minutos me virando de uma lado para o outro sem conseguir dormir, decidi descer e preparar um chá.

- Sem sono?- Myung-jun falou assim que entrei na cozinha me dando um leve susto.- Também acordou com a trovoada?

- Sim Oppa, vim preparar um chá para ver se me ajuda a dormir.- Ele se virou pegando o bule e enchendo uma xícara para mim.- Obrigada, Oppa.- Sorri e me escorei ao seu lado na ilha da cozinha.- Tem tempo que não o vejo em casa.

- Sabe como a mamãe é, desde que descobriu meu relacionamento não para de pegar no meu pé, então decidi ficar longe por um tempo.- Ri.- Eu vim ontem só para jantar mas a chuva caiu.

- É, eu achei que tinha ido embora.- Ele passou um braço pelos meus ombros e me puxou para mais perto, deitei minha cabeça na curva do seu pescoço sentindo seu cheiro tão bom e familiar.

- Como vai a faculdade? A mamãe e o papai não estão pegando muito no seu pé, né.- Neguei.

- Está tudo bem, eles não andam tendo tanto tempo para me perseguir por aí.- Rimos.- Mamãe anda muito ocupada com seus mais recentes eventos de caridade e papai chega tão cansado da empresa que mal come conosco.- Suspirei.

- É só uma fase, você sabe, logo tudo volta ao normal.- Beijou o topo da minha cabeça.- Você ainda vai na missa?

- Uhum.- Suspirei pesadamente.

- E a mamãe, tem ido com você?

- Ele faltou os últimos dois domingos, anda ocupada.- Terminei de beber meu chá.

O padre /Eunwoo (short fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora