!!!!A história não está revisada, então não teve correção de erros ortográficos, peço que os ignorem por hora, no entanto se algum deles estiver atrapalhando o entendimento da história, peço que o sinalize e eu o corrigirei o mais rápido possível. Boa leitura, beijos."
_Desde que me entendo por gente sou cuidada pelas freiras, não sei bem como cheguei a esse orfanato e muito menos quem foram meus pais, tudo o que sei é o meu nome e minha data de nascimento, era só o que tinha em meio a cesta em que fui deixada.
Viver em um orfanato pode soar deprimente para muitas pessoas, mas eu nunca me importei muito, penso que é melhor do que ter de viver em uma família que não me deseja e maltrata, foi o que aconteceu com Eunwoo e seu irmão mais velho, ambos foram mal tratados até serem deixados aqui, Eunwoo tinha apenas dois anos e seu irmão seis, Cha Sungwoo tinha muitos traumas, quando chegou ao orfanato tinha pesadelos todas as noites e foi assim por uns anos, pelo menos foi o que as freiras me contaram, eu sequer existia quando chegaram aqui. Sou dois anos e meio mais nova que Eunwoo e oito anos e meio mais nova que Sungwoo.
Os irmãos Cha sempre foram os meus defensores nesse lugar, Eunwoo sempre entrava em problemas tentando me tirar de confusão e Sungwoo sempre dava um jeito de nos encobrir. Anos se passaram até uma ótima família passar pelas enormes portas de madeira do lugar, o casal se apaixonou na hora por Sungwoo, já com seus dezesseis anos, o menino era extremamente inteligente, educado e muito bonito, pelo que soube o casal não teve filhos durante o casamento e queriam um herdeiro, Sungwoo se recusou a ir sem Eunwoo e então os dois foram adotados, esse foi provavelmente o dia mais feliz e triste da minha vida.
Eu fiquei muito feliz e grata pelos dois, estava radiante por eles finalmente terem uma família, ainda por cima uma tão boa, mas chorei por semanas por não ter meus melhores amigos comigo.
- Ainda vamos ser amigos, Sun, vamos dar um jeito.
Foi o que o Eunwoo disse antes de ir embora, mas por mais de três anos nós não nos vimos, foi tão difícil para mim, ele não era apenas meu melhor amigo, era também meu primeiro amor.
Depois de sumir por um pouco mais de três anos, Cha Eunwoo de quase dezesseis anos apareceu no orfanato com uma doação muito generosa de sua família, ele já chegou chamando a atenção de todos, o menino sempre foi bonito e quanto mais velho, mais evidente sua beleza se tornava.
Lembro-me de estar chegando da aula quando o vi depois de tanto tempo:- Ela deve estar à caminho meu menino, a aula dela acabou já tem um tempo.- Ouvi uma das freiras falar, tenho certeza que é a Senhora Hawng.
- Ajuma, cheguei, me desculpe pelo atraso eu tive que passar no clube de matemática para...- Minha frase se perdeu assim que meus olhos se encontraram com os dele, apesar do tempo, eu o reconheceria em qualquer lugar.
- Oi Sun.- Sorriu e meu coração só bateu mais rápido. Sempre tive o pensamento de que o sorriso de Eunwoo era o mais bonito do mundo e naquele momento eu tive certeza.
- Eunwoo?- Estava apática. Por dentro gritando. Tive tantas emoções naquele momento, queria correr até ele e o abraçar o mais forte possível e ao mesmo tempo queria bater nele por sumir por tanto tempo.
- Eu mesmo.- Sorriu mais e veio até mim, já que fiquei parada como uma estátua.- Senti tanto sua falta, Sun.- Me abraçou de forma carinhosa e apertada.
Normalmente as freiras não permitiriam tal contado entre meninos e meninas de idades tão próximas, mas a senhora Hawng não disse nada, ela apenas ficou lá parada observando o momento.
- Você mudou bastante, está ainda mais bonita.- Engoli o nó na minha garganta e finalmente reagi, retribui seu abraço.
- Você está tão alto.- Comentei arrancando uma risada dele.
- Temos muito o que conversar não é mesmo?- Se afastou depois da senhora Hawng fazer um barulho nada discreto de insatisfação.
- Creio que você ainda tenha muitas pessoas para cumprimentar.
- Na verdade já falei com todos, e para ser honesto, estava mesmo ansioso para ver você.- Aquelas borboletas idiotas ainda existiam em mim e elas voaram feito loucas com tal confissão.
- Vou deixá-los a vontade, mas tenham discernimento.- Senhora Hawng nos lançou um olhar sério, mas sorriu antes de sair.
- Vem.- Eunwoo segurou minha mão e me puxou pelo jardim até nosso lugar, era uma sombra entre os arbustos, ali era um lugar com pouca visibilidade, as freiras também não costumavam passar por ali. Costumávamos usar este lugar para comer os doces que Sungwoo comprava escondido na volta da escola.- Me conta, como vão as coisas?- Se sentou na grama verde e me puxou junto.
- Eu quem pergunto, minha vida é a mesma, nada mudou, mas aposto que você tem muito o que contar.- Ele sorriu animado.
- Eu estive no exterior nesses últimos anos, meus pais mandaram eu e o Sungwoo, disseram que era uma ótima oportunidade de aprender outro idioma, outra cultura e como funciona o mundo dos negócios fora da Coreia.
- Oh uau, e onde você morou?
- Nova Iorque.- Fiz um perfeito "o", realmente impressionada, Eunwoo sempre falou de Nova Iorque quando era mais novo.- Foi uma experiência realmente interessante, mas estou feliz em estar de volta.
- Imagino.- Forcei um sorriso.
- Sinto muito que ainda esteja aqui.- Dei de ombros.
- Eu já esperava por isso, são raros as adoções de crianças com mais de oito anos, eu não tenho nada de especial, nem sou tão bonita, já esperava que ninguém iria me adotar.- Suspirei e ele segurou meu rosto com as duas mãos me fazendo o olhar.
- Não diga isso, Sun, você é incrível, é inteligente, talentosa e é linda, tenho certeza que na hora certa a família certa vai te encontrar.- Forcei um sorriso e ele soltou meu rosto.- Bom, eu vim aqui me despedir de novo.
- O que?- Senti um nó na minha garganta.
- Eu tomei uma decisão, na verdade estou cumprindo uma promessa que fiz ainda quando pequeno.- O olhei atentamente.- Mas eu precisava fazer algo antes de ir.
- O que? Ir para onde? Por que vai embora? O que tem que fazer?- Disparei as perguntas na velocidade das batidas aceleradas do meu coração. Não acredito que acabei de o encontrar e ele já está indo.
- Sinto muito Sun.- Ele segurou meu rosto novamente deslizando sua mão até a minha nuca, quando vi a distância entre nós já era de centímetros e sem aviso ele colou nossos lábios.
Eu sempre sonhei com o meu primeiro beijo, nos meus sonhos ele também era com o Eunwoo, mas ele não era um gesto de adeus, apesar de todo êxtase e alegria, meu coração também doeu como nunca antes.
O beijo começou tímido, nenhum dos dois parecia saber muito bem o que fazer, mas Isso não durou muito, logo ele moveu seus lábios lentamente sobre o meu e eu segui seu ritmo, já a um tempo ali, ele finalmente pediu passagem com a língua e então nossas línguas começaram uma dança desajeitada e boa, com a falta de fôlego fomos obrigados a nos afastar, nos encaramos ofegantes por um tempo, ambos parecendo sem coragem de dizer algo.- Eu estou saindo de Seul por um tempo, Sun, vou me tornar um padre.- Ele contou e minha boca se abriu várias vezes mas eu não pude dizer nada.
Aquilo foi realmente um "adeus" e não só um "até logo", Eunwoo se comprometeu com uma missão nobre, missão essa que impedia que ele fosse meu da forma que sempre desejei e eu não poderia ser egoísta, então nesse dia eu apenas me contentei em o ter tido por pelos menos um segundo, coloquei um sorriso no rosto e mais uma vez fiquei feliz por ele, mesmo com o meu coração partido.
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O padre /Eunwoo (short fic)
FanfictionPark Sun-Hee foi deixada em frente a um orfanato ainda bebê, ele foi criada cercada de outras crianças e seu melhor amigo Cha Eunwoo. Eunwoo se tornou rapidamente o primeiro amor de Sun-Hee, mas a menina se vê obrigada a esquecê-lo quando o mesmo é...