Capítulo onze

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— Onde ela está? — Perguntei assim que vi meu pai — cadê ela?

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— Onde ela está? — Perguntei assim que vi meu pai — cadê ela?

— Você está nervoso, Aspen, se acalme — o homem fala sem receio algum, me impedindo de entrar no quarto atrás dele. 

Stephan segurou em meus braços, mas em um puxão, me soltei dele e o empurrei para entrar. Minha relação com meu pai nos últimos dias estava indo de mal a pior e saber que Mila não estava bem e ele me impedindo de entrar, complicou ainda mais as coisas para ele.

Ao entrar no cômodo, vi minha mãe parada perto da janela do quarto segurando um papel em sua mão enquanto Mila estava encolhida debaixo das cobertas chorando, assim que notei isso, me sentei ao lado da loira, que me abraçou chorando ainda mais.

— Ei, você vai ficar bem — sussurrei mesmo sem saber o que a garota realmente tinha.

Eu me preocupava demais com as pessoas, sempre foi assim, Norah dizia que era minha maldição, eu dizia que era o contrário, porque eu até gostava de demonstrar às pessoas isso, e eu precisava me preocupar, eu seria rei algum dia e ao contrário do meu pai, eu seria melhor.

— Aspen… — Mila sussurrou depois de um tempo, com a voz fraca.

Vi a loira se afastar e pude notar o quanto estava com os olhos vermelhos e inchados, ela não tinha o brilho de antes, nenhuma maquiagem e parecia estar passando mal muito antes de terem me ligado pedindo para voltar.

— Aspen — dessa vez foi minha mãe, ao perceber que Mila não conseguiria dizer o que estava acontecendo, a mulher caminhou até mim e me entregou o papel que lia.

Comecei a ler cada palavra daquele diagnóstico e ao perceber onde estava me levando, fui até a palavra que estava em negrito. Grávida.

Não conseguiria descrever a sensação que senti naquele instante, a vontade que tive de chorar, ou a falta de respiração. Meu corpo todo pareceu perder seus movimentos e necessidades, tudo parou de repente.

— Me desculpa — Mila fungou.

— Eu disse para tomarem cuidado — a voz da minha mãe me fez piscar diversas vezes.

— Vocês estão achando isso ruim? — A pergunta fez meu estômago revirar — isso é uma coisa boa! É um filho!

— Um filho fora do casamento do herdeiro do trono — desta vez, a voz era do meu pai, ele havia entrado no quarto e dava para ver o quão irritado estava, por isso, Mila se encolheu mais — não me diga que vai assumir esse bebê?

— E por que não iria? É meu filho — olhei para Mila que retribuiu meu gesto, mas diferente de mim, a garota não parecia contente — vamos ter esse bebê, não vamos?

Ela demorou para responder, olhou para meus pais e engoliu em seco, abaixando o olhar. Eu sabia que Mila sempre quis a aprovação deles sobre o que acontecia entre nós dois, mas naquele momento, ela queria negar, não para ter a aprovação, mas sim porque ela mesma não queria, eu a conhecia bem.

Já disse que te amo?Onde histórias criam vida. Descubra agora