Capítulo oito

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Soltei a mão de Aspen e corri na direção do homem tatuado que abriu os braços para mim assim que notei sua presença na entrada do castelo

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Soltei a mão de Aspen e corri na direção do homem tatuado que abriu os braços para mim assim que notei sua presença na entrada do castelo. Declan me segurou com firmeza quando pulei em seu colo o abraçando.

— Nossa, como eu senti saudades — murmurei e ele me apertou mais contra seu corpo.

— Já chega né? — ouvi Aspen dizer e Declan o xingou bem baixinho me roubando uma risada.

Assim como Aspen, Declan me visitou algumas vezes durante suas viagens em que fugia da família ou apenas por sentir saudades, ele também havia se tornado um grande amigo, era como um irmão mais velho, que adorava assustar os pretendentes que eu tinha.

— Onde está a Norah? — Perguntei e Declan fez uma careta.

— O que fez com ela Declan? — Foi Aspen que se manifestou primeiro.

— Nada! — O homem cruzou os braços e olhou para o lado — eu só tranquei ela no quarto dela.

— Sério? — Aspen passou a mão no rosto e respirou fundo.

— Ela parou de chutar e bater na porta depois de meia hora, com sorte ela nos deixou — Declan me entregou a chave do quarto que Norah estava e enquanto ele e Aspen debatiam por isso corri na direção do cômodo.

Subi as escadas com pressa e quase esbarrei com uma das governantas do castelo que me pediu para ter cuidado, mesmo assim a animação de ter meus amigos ali não me deixava me conter.

Abri a porta do quarto e tudo estava silencioso, a mala de Norah estava aberta sobre a cama com várias roupas espalhadas, eu até pensei que ela havia feito uma corda e descido pela janela, e chequei, mas não. Foi quando ouvi um barulho vindo do banheiro e segui até o cômodo. 

— Norah? — Chamei encostando o ouvido na porta branca e logo ela abriu.

— Se eu não tivesse com tanta saudade, te deixaria aqui e iria cometer um assassinato — a mulher disse antes de me abraçar.

Norah era mais alta que eu e minha cabeça ia até a altura da sua boca, o que sempre dava facilidade dela morder minha testa, como ela fez ao me apertar contra ela e a toalha molhada.

— Estava tomando banho? — A segui quando vi minha amiga voltar para dentro do banheiro.

— É, aquele filho… — ela me olhou e se deteve — o Declan me prendeu aqui, só estava passando o tempo — Norah sentou na janela e começou a escolher um esmalte na sua bolsa preta.

— Não sou tão criança, Norah, eu conheço palavrões — contei sentando à sua frente.

— Eu ainda te acho bem pequenininha, piralha — a mulher estreitou o olhar me analisando e lhe mostrei a língua — você não vai fazer quatorze anos? — Norah me entregou um vidro de esmalte vinho e mexeu os dedos dos pés.

Já disse que te amo?Onde histórias criam vida. Descubra agora